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Inundações e deslizamentos matam mais de 400 na República Democrática do Congo

Uma família deslocada vive agora em um acampamento temporário em Plain Savo, na República Democrática do Congo
Acnur/Hélène Caux
Uma família deslocada vive agora em um acampamento temporário em Plain Savo, na República Democrática do Congo

Inundações e deslizamentos matam mais de 400 na República Democrática do Congo

Clima e Meio Ambiente

Fortes chuvas no leste do país africano também causaram desaparecimentos; secretário-geral da ONU ressalta impacto das mudanças climáticas em países que não contribuem para o aquecimento global.

Fortes inundações atingem a República Democrática do Congo desde a semana passada. Os impactos afetam várias aldeias no território de Kalehe, na província de Kivu do Sul, no leste do país africano.

Segundo dados da ONU, pelo menos 400 pessoas perderam a vida e várias outras estão desaparecidas. Durante sua visita ao Burundi, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou solidariedade e condolências aos congoleses.

Alterações climáticas

De acordo com agências de notícia, as inundações e deslizamentos ocorreram após as fortes chuvas no leste da República Democrática do Congo e em Ruanda, a nação vizinha. 

O chefe da ONU disse que as cheias são mais um exemplo da aceleração das alterações climáticas. Ele destacou que os impactos mais arrasadores são sentidos em países que não contribuem em nada para o aquecimento do planeta.

Após o desastre, a representante de Guterres na República Democrática do Congo, Bintou Keita, expressou pêsames aos que perderam seus entes queridos. A Missão da ONU no país, Monusco, está apoiando as autoridades com seus parceiros locais.

Uma família deslocada vive agora em um acampamento temporário em Plain Savo, na República Democrática do Congo
Acnur/Hélène Caux
Uma família deslocada vive agora em um acampamento temporário em Plain Savo, na República Democrática do Congo

Ações de assistência

Uma dessas ações foi a doação de material ao hospital de Bukavu, para onde os feridos foram evacuados de barco.

Por sua vez, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, está contribuindo com o fornecimento de comida.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, levou utensílios domésticos essenciais e recursos para prevenir doenças transmitidas pela água contaminada.

Muitas organizações humanitárias também estão apoiando centros médicos locais onde cerca de 160 pessoas receberam atendimento.

A Cruz Vermelha Congolesa tenta localizar os corpos dos que morreram nas cheias para ajudar com o funeral das vítimas.