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ONU marca 13 anos de terremoto que arrasou Haiti

Equipes de resgate procuram em um prédio das Nações Unidas destruído pelo terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010.
ONU/Sophia Paris
Equipes de resgate procuram em um prédio das Nações Unidas destruído pelo terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010.

ONU marca 13 anos de terremoto que arrasou Haiti

Ajuda humanitária

Homenagem do secretário-geral destaca perda de 102 funcionários ao serviço da organização; Sistema das Nações Unidas pede reflexão sobre tolerância, respeito e compreensão por um projeto comum pelo país caribenho.

Neste 12 de janeiro, a ONU marca os 13 anos do terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter que atingiu o Haiti. As Nações Unidas prestam homenagem às centenas de milhares de haitianos mortos no sismo, bem como aos “milhões de outros afetados pelo desastre” que arrasou a capital Porto Príncipe.

O secretário-geral, António Guterres, também lembrou dos 102 funcionários das Nações Unidas mortos durante o tremor, afirmando que “nunca serão esquecidos”.

Com o epicentro próximo da principal cidade haitiana, o terremoto atingiu o país às 16h53, horário local. Além da destruição de grandes proporções, estima-se que cerca de 230 mil pessoas tenham morrido e mais de 1 milhão foram desabrigadas.
ONU/Evan Schneider
Com o epicentro próximo da principal cidade haitiana, o terremoto atingiu o país às 16h53, horário local. Além da destruição de grandes proporções, estima-se que cerca de 230 mil pessoas tenham morrido e mais de 1 milhão foram desabrigadas.

Família ONU

Com o epicentro próximo da principal cidade haitiana, o terremoto atingiu o país às 16h53, horário local. Além da destruição de grandes proporções, estima-se que cerca de 230 mil pessoas tenham morrido e mais de 1 milhão foram desabrigadas.

A mensagem do Sistema da ONU no Haiti lembra os colegas mortos no exercício das funções e “reafirma seu compromisso de trabalhar em apoio aos haitianos para ajudá-los a construir um futuro melhor e durável, com base em um retorno à segurança e à democracia”.

O texto ressalta o atual “contexto nacional marcado por uma fragilidade inquietante”, e pede que as homenagens levem à reflexão e à necessidade de tolerância, respeito e compreensão para se atuar em projeto comum para o bem do país.

No último ano, o Haiti registrou um crescimento de deslocados de mais de 56%. Agora com 155.166 desalojados, a situação confirma a piora de uma tendência que se observa desde 2020.
© PAHO/WHO
No último ano, o Haiti registrou um crescimento de deslocados de mais de 56%. Agora com 155.166 desalojados, a situação confirma a piora de uma tendência que se observa desde 2020.

Desalojados em alta

No último ano, o Haiti registrou um crescimento de deslocados de mais de 56%. Agora com 155.166 desalojados, a situação confirma a piora de uma tendência que se observa desde 2020.

Mais de 97% das pessoas foram movidas pela violência urbana, 2% por desastres naturais e 1% por outros motivos. Desde junho de 2021, o país caribenho viu aumentar os ataques armados que causam insegurança generalizada em várias comunas do Área Metropolitana de Porto Príncipe.

A ONU apoia o país na busca de uma solução para a situação que se acelerou desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho de 2021, que acentuou as já difíceis condições econômicas e políticas que o Haiti enfrenta.