Guterres: Shinzo Abe era companheiro, cordial e compromissado com o multilateralismo
Secretário-geral enviou condolências à família do ex-primeiro-ministro, ao povo e ao governo do Japão após ser informado do assassinato de Shinzo Abe, nesta sexta-feira.
O líder das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que está “profundamente triste” com a morte do ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciada nesta sexta-feira.
Segundo agências de notícias, Abe foi baleado durante um comício na cidade de Nara, no Japão. O ex-chefe de governo participava de uma campanha de um candidato ao Parlamento quando foi atacado a tiros pelas costas. O suspeito foi apreendido por pessoas que estavam no evento.
Multilateralismo
Em sua conta oficial numa rede social, Guterres contou que “teve o privilégio de conhecer Shinzo Abe por vários anos”.
O secretário-geral disse que sempre irá se lembrar do companheirismo cordial do político e do compromisso que o japonês tinha com o multilateralismo.
Ele enviou os pêsames à família de Shinzo Abe, ao povo e ao governo do Japão.
Abe foi primeiro-ministro duas vezes: em 2006, quando se tornou o primeiro-ministro mais jovem do pós-guerra do país asiático, e depois em 2012, sendo reeleito por mais dois mandatos consecutivos.
Filho e neto de políticos
De uma família de políticos, ele era filho do ex-ministro das Relações Exteriores, Shintaro Abe, e neto do ex-primeiro-ministro Nobusuke Kishi.
No governo, ele desenvolveu uma doutrina econômica conhecida como Abenomia, e que se baseava em reformas econômicas e estímulos fiscais e monetários.
Shinzo Abe, de 67 anos, era filiado ao Partido Liberal Democrata, LDP.