Perspectiva Global Reportagens Humanas

Cabo Delgado: 10% de deslocados em ataques tiveram ajuda, diz porta-voz BR

O porta-voz do secretário-geral da ONU lembrou que é essencial alcançar rapidamente pessoas vulneráveis com alimentos, abrigo, proteção e outros tipos de ajuda
Foto: ONU/Jean-Marc Ferré
O porta-voz do secretário-geral da ONU lembrou que é essencial alcançar rapidamente pessoas vulneráveis com alimentos, abrigo, proteção e outros tipos de ajuda

Cabo Delgado: 10% de deslocados em ataques tiveram ajuda, diz porta-voz

Ajuda humanitária

ONU e parceiros pedem mais acesso após nos incidentes violentos nos distritos moçambicanos de Ancuabe e Chiúre; agências querem ampliar beneficiários de assistência humanitária regular; comunicado chama a atenção para pessoas fragilizadas precisando de socorro para alimentos, abrigo, proteção e outros.

As Nações Unidas disseram que 17 mil pessoas foram forçadas a fugir de suas casas após ataques, na semana passada, em localidades de Cabo Delgado, em Moçambique. Os incidentes foram nos distritos do norte de Ancuabe e Chiúre.

O porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, disse que a grande maioria dos desalojados são mulheres e crianças.

Ajuda

De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, até o momento, as organizações do setor ajudaram mais de 1,7 mil pessoas.

O Serviço Aéreo Humanitário da ONU transporta suprimentos para a área afetada por grupos terroristas.

Crise de Cabo Delgado, em particular, está a ter um impacto preocupante nas crianças e mulheres
© Unicef Moçambique/2021/Ricardo Franco
Crise de Cabo Delgado, em particular, está a ter um impacto preocupante nas crianças e mulheres

 

Várias entidades também avançam com o posicionando de kits de alimentação, educação e higiene.

Este ano, a organização atingiu 100 mil pessoas atuando com parceiros em Cabo Delgado.

A meta é alcançar 84 mil  desalojados com assistência humanitária regular nos distritos de Ancuabe e Meluco.

Civis

O Ocha voltou a apelar às partes em conflito que devem “respeitar e proteger os civis, bem como facilitar a ajuda humanitária rápida, segura e desimpedida aos civis necessitados”.

O comunicado ressalta que também é essencial alcançar pessoas vulneráveis com alimentos, abrigo, proteção e outros tipos de ajuda urgente o mais rápido possível.

Os grupos prioritários incluem idosos, pessoas com deficiência, mulheres grávidas e crianças desacompanhadas ou separadas dos seus responsáveis.

O Governo de Moçambique estima que até 850 mil pessoas foram desalojadas após o início das ações terroristas no extremo norte em 2017.  

 

Moçambique combate terrorismo em Cabo Delgado investindo em desenvolvimento