Cabo Delgado: 10% de deslocados em ataques tiveram ajuda, diz porta-voz
ONU e parceiros pedem mais acesso após nos incidentes violentos nos distritos moçambicanos de Ancuabe e Chiúre; agências querem ampliar beneficiários de assistência humanitária regular; comunicado chama a atenção para pessoas fragilizadas precisando de socorro para alimentos, abrigo, proteção e outros.
As Nações Unidas disseram que 17 mil pessoas foram forçadas a fugir de suas casas após ataques, na semana passada, em localidades de Cabo Delgado, em Moçambique. Os incidentes foram nos distritos do norte de Ancuabe e Chiúre.
O porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, disse que a grande maioria dos desalojados são mulheres e crianças.
Ajuda
De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, até o momento, as organizações do setor ajudaram mais de 1,7 mil pessoas.
O Serviço Aéreo Humanitário da ONU transporta suprimentos para a área afetada por grupos terroristas.
Várias entidades também avançam com o posicionando de kits de alimentação, educação e higiene.
Este ano, a organização atingiu 100 mil pessoas atuando com parceiros em Cabo Delgado.
A meta é alcançar 84 mil desalojados com assistência humanitária regular nos distritos de Ancuabe e Meluco.
Civis
O Ocha voltou a apelar às partes em conflito que devem “respeitar e proteger os civis, bem como facilitar a ajuda humanitária rápida, segura e desimpedida aos civis necessitados”.
O comunicado ressalta que também é essencial alcançar pessoas vulneráveis com alimentos, abrigo, proteção e outros tipos de ajuda urgente o mais rápido possível.
Os grupos prioritários incluem idosos, pessoas com deficiência, mulheres grávidas e crianças desacompanhadas ou separadas dos seus responsáveis.
O Governo de Moçambique estima que até 850 mil pessoas foram desalojadas após o início das ações terroristas no extremo norte em 2017.