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Agência humanitária da ONU amplia operações na Polônia BR

Refugiados ucranianos chegam em estação de trem na Polônia.
Foto: © UNHCR/Maciej Moskwa
Refugiados ucranianos chegam em estação de trem na Polônia.

Agência humanitária da ONU amplia operações na Polônia

Migrantes e refugiados

Nação vizinha à Ucrânia continua sendo principal porta de entrada dos civis que escapam da guerra, tendo recebido mais de 3,5 milhões de refugiados; segundo Acnur, as pessoas chegam ansiosas, sem saber para onde ir. 

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, continua ampliando suas operações na Polônia em prol dos ucranianos que cruzam a fronteira. A nação vizinha da Ucrânia continua sendo a principal porta de entrada dos refugiados e já recebeu 3,5 milhões de civis.  

Segundo o Acnur, o ritmo de chegadas tem diminuído em comparação a  março, quando mais de 100 mil ucranianos chegavam, por dia, à Polônia. Atualmente, são 20 mil. 

Movimento pendular  

Crianças brincam em centro esportivo na Polônia que serve de abrigo para ucranianos.
Foto: © UNICEF/Joe English
Crianças brincam em centro esportivo na Polônia que serve de abrigo para ucranianos.

Os funcionários da agência têm observado ainda mais movimentos “pendulares”, com pessoas que entram e saem da Ucrânia por vários motivos, incluindo visitar familiares, verificar o estado de suas casas ou retornar para o trabalho. 

Ainda assim, a Polônia espera continuar recebendo e hospedando um “número considerável de refugiados, devido à quantidade de deslocados internos, à destruição em massa e à continuação dos combates na Ucrânia.” 

De acordo com o Acnur, a maioria dos refugiados abandona áreas afetadas por conflito severo, sendo que muitos passaram semanas escondidos em porões ou abrigos subterrâneos. Eles chegam “perturbados e ansiosos, tendo deixado familiares para trás e sem um plano claro sobre para onde ir”. 

Assistência médica 

Milhares de ucranianos cruzam as fronteiras com a Polônia.
Foto: © IOM/Muse Mohammed
Milhares de ucranianos cruzam as fronteiras com a Polônia.

A agência nota também que os refugiados que acabaram de sair da Ucrânia chegam com menos recursos financeiros ou conexões do que as pessoas que fugiram logo no início da guerra.  

A maioria pede aos funcionários do Acnur ajuda para conseguir atendimento médico ou serviços de saúde. Outros buscam transportes, acomodação e ajuda financeira, além de apoio psicossocial.  

Mais de 1,1 milhão de refugiados ucranianos já se registraram com o governo polonês para acessar serviços de saúde, educação e emprego, sendo 94% mulheres e crianças.  

Apoio financeiro  

Em Kharkiv, na Ucrânia, homem se despede de sua esposa e filhos antes de partirem em um trem especial de evacuação
© UNICEF/Ashley Gilbertson VII Photo
Em Kharkiv, na Ucrânia, homem se despede de sua esposa e filhos antes de partirem em um trem especial de evacuação

O Acnur implementou em março seu programa de assistência em dinheiro, tendo estabelecido oito centros em cidades como Varsóvia, Krakow e Poznan. Mais de 100 mil refugiados foram auxiliados com este apoio financeiro e assim, conseguem pagar aluguel e comprar comida e remédios.  

A agência da ONU também fez uma parceria com o Unicef para a criação de espaços seguros de proteção e apoio na Polônia, onde os refugiados podem obter informação e aconselhamento sobre direitos e serviços e receber apoio imediato.  

Até o momento, 139 caminhões do Acnur foram enviados da Polônia para a Ucrânia, para ajudar os civis que ainda estão no país em conflito. Para apoiar o governo polonês na recepção dos refugiados ucranianos, o Acnur lançou um plano de resposta de US$ 740 milhões e até agora, foi financiado 25% do valor pedido em prol da Polônia.