OMS apoia vacinação para conter 14º surto de ebola na RD Congo
Primeiro lote chegou com cerca de 200 doses; autoridades de saúde acompanham 233 pessoas que tiveram contato com infectados; primeira investigação aponta origem de infecções em hospedeiro animal.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, apoia uma campanha de imunização para conter o 14º surto de ebola na República Democrática do Congo, RD Congo.
Esta quinta-feira, a vacinação arrancou em Mbandaka, capital da província de Equateur, no noroeste.
Pacientes
A meta da iniciativa é conter a propagação do vírus após o início de novas infeções que em uma semana já mataram duas pessoas.
A agência da ONU enviou cerca de 200 doses da vacina rVSV-Zebov Ebola para a área da cidade oriental de Goma.
Mais doses serão entregues gradualmente nos próximos dias para a campanha de vacinação que usa a “estratégia do anel”.
Campanha
O alvo são pessoas que tiveram contato com pacientes e os chamados contatos dos contatos, bem como os profissionais da linha de frente e do setor de saúde.
Até o momento, foram identificadas 233 pessoas que tiveram contato com infectados e estão sendo monitoradas. Três equipes atuam no terreno na campanha que pretende alcançar pessoas de alto risco.
A doença foi relatada somente no distrito de saúde de Mbandaka, onde além da vacinação as autoridades nacionais de saúde intensificam a resposta.
Investigação
Um centro de tratamento recém-montado contém 20 leitos. A vigilância de doenças e a investigação de casos suspeitos pretendem detectar novas infecções.
A diretora do Escritório da OMS na África falou de potenciar o fornecimento do suporte em material, além de seis epidemiologistas para auxiliar na resposta.
Matshidiso Moeti disse que a ação com vacinas eficazes e a experiência dos profissionais de saúde congoleses o auxílio “pode melhorar rapidamente a direção do surto”. A atuação envolve todos os principais aspectos da resposta de emergência.
Novo evento
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, a análise do primeiro caso confirmado constatou que a origem num hospedeiro ou reservatório animal.
A OMS disse ainda que investigações estão em andamento para determinar como as infeções começaram e o primeiro paciente foi contaminado.
Do total de 14 surtos registrados na RD Congo desde 1976, seis ocorreram depois de 2018.