Guterres nomeia coordenador para buscar cessar-fogo humanitário na Ucrânia
Martin Griffiths explorará com ambos os lados vias para avançar com medida baseada na Carta das Nações Unidas; chefe da ONU pede fim imediato da guerra, passagem de ajuda humanitária e deslocamento seguro de civis; secretário-geral afirma que uso de armamento nuclear e biológico é inimaginável e deve ser evitado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que o coordenador humanitário, Martin Griffiths, deve explorar, imediatamente, formas de criar um cessar-fogo humanitário na Ucrânia.
Griffiths que viajou a Cabul, capital do Afeganistão, deve retornar à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para buscar um acordo de cessar-fogo humanitário. Ele deve visitar Kyiv, capital da Ucrânia, e Moscou, capital da Rússia.
Tragédia humanitária
Guterres declarou que, embora diversos esforços estejam sendo feitos para aliviar a situação humanitária na Ucrânia, a solução duradoura deve ser política.
Para ele, é preciso criar um “cessar-fogo humanitário imediato”, que permita o progresso nas negociações políticas, “destinadas a alcançar um acordo de paz baseado nos princípios da Carta das Nações Unidas”.
Para o secretário-geral, o fim dos combates deve permitir a chegada de ajuda humanitária essencial e o deslocamento seguro de civis.
O chefe da ONU acredita que o cessar-fogo pode ajudar a mitigar outras consequências globais da guerra, como o risco de agravamento da crise da fome em muitos países em desenvolvimento, que ainda se recuperam da pandemia de Covid-19.
Ele também pediu para que as partes envolvidas neste conflito e a comunidade internacional trabalhem pela paz em solidariedade com o povo da Ucrânia e em todo o mundo.
Risco nuclear
Questionado sobre riscos nucleares e biológicos como desdobramentos da crise atual, o secretário-geral da ONU reforçou que o líder da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, está em constante contato com as autoridades ucranianas e russas desde o início das agressões.
Rafael Mariano Grossi deve seguir buscando soluções para garantir a segurança das instalações nucleares na Ucrânia.
Recentemente, o chefe da Aiea ele reforçou sua preocupação com os funcionários da usina de Chernobil e os ataques à região de Zaporizhzhya.
Para António Guterres, a possibilidade do uso de armamentos nucleares é “inimaginável” e deve ser evitada.