Todos os países da Europa já atingiram o ODS sobre mortalidade materna
Escritório regional da OMS no continente divulgou relatório abrangente sobre a saúde no bloco; meta global é de ter, até 2030, menos de 70 casos de mortalidade para cada 100 mil nascimentos; índice europeu é de 13 por 100 mil; em Portugal, quase 30% dos adultos fumam.
A Europa já atingiu alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, bem antes de 2030, segundo o Relatório da Saúde Europeia. O documento foi divulgado recentemente pelo Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde, OMS.
Todos os países europeus conseguiram alcançar a meta de redução da mortalidade materna. A taxa média no continente é de 13 mortes por cada 100 mil nascimentos, bem abaixo dos 70 por 100 mil, como pede a Agenda 2030.
Tabaco e álcool em Portugal
Outro ODS alcançado está relacionado à mortalidade neonatal: para cada 1000 nascimentos na Europa, quatro bebês acabam morrendo. Pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as nações em todo o mundo precisam ter menos de 12 mortes a cada 1000 nascimentos.
Entre os anos de 2010 e 2018, as mortes prematuras causadas por doenças cardiovasculares caíram quase 20%. Nos casos relacionados ao câncer, a queda foi de 10%.
Apesar de progressos em relação a doenças crônicas e no combate ao uso de substâncias, 26% dos adultos na Europa fumam e em Portugal o índice é ainda maior: 30%.
Saúde mental em baixa
Portugal também é mencionado no relatório por ter uma taxa relativamente alta de consumo de álcool: em média, cada adulto no país consome 12 litros de álcool puro por ano. A média global é de 5,8 litros.
A OMS Europa destaca ainda que a pandemia teve um impacto sem precedentes na saúde mental da população do bloco. Os índices mais baixos de saúde mental foram registrados entre as mulheres dos 18 aos 24 anos e dos 35 aos 44 anos.
Apesar de uma tendência de queda, a Europa é uma das regiões do mundo onde mais acontecem suicídios. Em 2019, um ano antes da pandemia, 119 mil pessoas do continente tiraram a própria vida.
A Covid-19 também colocou um peso enorme sobre o sistema de saúde da região. Nos primeiros meses da pandemia, em 2020,40% dos serviços essenciais ficaram parcialmente inacessíveis e no ano passado o índice foi de 29%.