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“O Holocausto definiu as Nações Unidas”, declara António Guterres BR

Família de Simon Gronowski, um sobrevivente do Holocausto, caminhando por Bruxelas em 1940.
Foto: © Photo courtesy of Simon Gronowski
Família de Simon Gronowski, um sobrevivente do Holocausto, caminhando por Bruxelas em 1940.

“O Holocausto definiu as Nações Unidas”, declara António Guterres

Direitos humanos

No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, secretário-geral destaca que o nome da organização descreve “a aliança que lutava contra o regime nazista e aliados; chefe da ONU faz homenagem aos seis milhões de judeus mortos.

Em 27 de janeiro de 1945, soldados soviéticos entravam no campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, libertando milhares de sobreviventes do regime nazista.  Nesta quinta-feira, o mundo marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.  

Em mensagem, o secretário-geral da ONU homenageia os “6 milhões de judeus que morreram”. A mensagem menciona ainda os povos roma e sinti, conhecidos por ciganos, e “as outras inúmeras vítimas de um horror sem precedentes de crueldade calculada”. 

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Linha de Frente  

António Guterres declarou que “o Holocausto definiu as Nações Unidas”, sendo que o próprio nome da organização “foi cunhado para descrever a aliança que lutava contra o regime nazista e aliados”.  

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O secretário-geral destaca que a ONU deve “estar sempre na linha da frente da luta contra o antissemitismo e de todas as outras formas de intolerância religiosa e de racismo”. 

Mas Guterres lamenta que a xenofobia e o ódio estejam reaparecendo de forma “alarmante”, com o aumento do antissemitismo, que segundo ele, é a “forma mais antiga e persistente de preconceito”.  

Recordar o passado é crucial  

O chefe da ONU também condena as tentativas de negar o Holocausto e lembra que nenhuma sociedade “está imune à irracionalidade ou à intolerância”. Guterres destaca que o massacre poderia ter sido evitado e diz que “recordar o passado é crucial para proteger o futuro”.  

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, lembra que 77 anos depois do Holocausto, o racismo e a xenofobia estão aumentando no mundo, com ataques contra judeus em várias regiões do mundo.  

Bachelet pede posição firme de todos contra o ódio e apoio à verdade fundamental de que existe igualdade entre todos os seres humanos. A expetativa da alta comissária é que haja mais ações de “combate às forças da divisão”.