
Em Dia Mundial do Atum, ONU diz que consumidores preferem produto enlatado
Mais de 7 milhões de toneladas do peixe são retiradas do mar todos os anos; com a pandemia a demanda por alimentos em lata aumentou; conservação e gestão anual do produto geram US$ 10 bilhões.
O atum continuou uma vítima do próprio sucesso nutricional, mesmo com a situação causada pela pandemia no mercado. Em 2020, o consumo do produto em lata aumentou no mundo por ser acessível e estável.
Esses são os dados de um relatório sobre o pescado para marcar o Dia Mundial do Atum, neste 2 de maio. Nas variantes relacionadas, o atum aparece em mais de 40 espécies diferentes nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e no mar Mediterrâneo.
Demanda
A qualidade do produto é tida como a principal causa da própria ameaça devido à grande demanda. Cerca de 7 milhões de toneladas são tiradas dos mares por ano.

As espécies de atum respondem por 20% do valor de todo o pescado marinho e mais de 8% dos frutos do mar comercializados globalmente.
Em 2017, o produto esteve entre as sete principais espécies que totalizaram um terço dos estoques pescados em níveis biologicamente insustentáveis.
Durante a crise da Covid-19, a demanda por produtos crus congelados também aumentou. Mas o atum natural, no entanto, manteve-se em mesmo nível, aparentemente por causa das restrições nos serviços associados a refeições.
Vitaminas e minerais
As propriedades nutricionais do atum justificam a importância econômica, tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento. A carne é rica em ômega-3 e entre seus componentes estão minerais, proteínas e vitamina B12.
O Dia Mundial do Atum foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2016 para incentivar uma maior gestão da conservação do produto em favor de sistemas que evitem a quebra de populações da espécie.
Em vários países, elas geram recursos que sustentam a segurança alimentar e nutricional, o desenvolvimento econômico, o emprego, a receita governamental, os meios de subsistência, a cultura e a recreação.
A análise do mercado global do atum é acompanhada no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14, que prevê Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos.
Sobrepesca
Em relatório, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, revela que a captura de atum e peixes da mesma família continuam a aumentar. Os níveis mais altos ocorreram em 2018, com cerca de 7,9 milhões de toneladas.
O total contrariou a redução alcançada dois anos antes.
Mais de 96 países se comprometeram a fazer a conservação e gestão do atum, que tem um valor anual de quase US$ 10 bilhões.
A FAO realça que programas ligados à questão demonstram resultados positivos na redução da sobrepesca.
