
ONU lança apelo para São Vicente e Granadinas após erupção de vulcão
La Soufrière afetou pelo menos 110 mil residentes do país caribenho; 15 mil deslocados precisam de ajuda urgente; cinzas densas atrapalham visibilidade; representante da ONU visitou o local.
As Nações Unidas lançam esta terça-feira um apelo financeiro para São Vicente e Granadinas. O secretário-geral expressou profunda solidariedade ao povo e ao governo do país caribenho após várias erupções do vulcão La Soufrière.
António Guterres lembrou que a crise ocorre num momento difícil em meio a uma pandemia, e meses antes do início da temporada de furacões no Caribe.
Apoio
Mais de 110 mil residentes da ilha caribenha foram afetados pelo acidente a densa camada de cinzas. As restrições de água e a destruição de meios de subsistência preocupam. Autoridades locais dizem que a pior explosão da história do país isolou um terço do território.

Estima-se que 15 mil desabrigados precisem de auxílio imediato face às ameaças de novas erupções.
Guterres reiterou o total apoio das Nações Unidas aos esforços. A organização já liberou US$ 1 milhão do Fundo Central de Resposta a Emergências e está pronta para enviar mais ajuda.
O vulcão continua em erupção e a atividade sísmica poderá aumentar a lava. O receio é que novas erupções causem cinzas de magnitude semelhante ou maior.
Aldeias abandonadas estão cobertas por cinzas pesadas e as estradas pavimentadas foram transformadas em trilhas, segundo a descrição do coordenador residente da ONU para Barbados e Caribe Oriental, Didier Trebucq.
Recuperação
No fim de semana, ele acompanhou o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, a uma avaliação da chamada zona vermelha sobre a fase de resposta e recuperação.
Na visita a famílias em busca de abrigo estiveram representantes do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, do Programa Mundial de Alimentos, PMA, e da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas.
