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ONU Mulheres destaca posição de ativista brasileira sobre futuro pós-pandemia BR

Jovem brasileira diz que, após pandemia, é preciso olhar para a relação entre justiça racial e clima
Diogo Moreira/Governo de Sao Paulo
Jovem brasileira diz que, após pandemia, é preciso olhar para a relação entre justiça racial e clima

ONU Mulheres destaca posição de ativista brasileira sobre futuro pós-pandemia

Assuntos da ONU

Renata Koch Alvarenga é fundadora e diretora da EmpoderaClima, uma plataforma sobre justiça de gênero e clima; agência da ONU falou sobre recuperação após a pandemia de Covid-19 com jovens da Índia, do Canadá, da Tunísia, da Suécia, do Uganda e da Alemanha.

A ativista brasileira Renata Koch Alvarenga, de 23 anos, é uma das sete “vozes jovens pela mudança” destacadas pela ONU Mulheres.

A jovem é fundadora e diretora da EmpoderaClima, uma plataforma sobre justiça de gênero e clima que opera em quatro línguas.

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Ambiente e gênero

A ONU Mulheres perguntou a estes ativistas qual é a sua esperança para o futuro e o que representa para eles reconstruir melhor, depois da pandemia de Covid-19.

Renata Koch Alvarenga destacou a importância de abordagens intersetoriais entre movimentos. Segundo ela, como ecofeminista, seu “trabalho em defesa de gênero e clima está centrado na interseccionalidade e continuará sendo.”

A brasileira contou ainda que “o ambientalismo interseccional destaca a importância de levar em consideração as comunidades vulneráveis ao lado do meio ambiente, porque muitas questões de justiça social, como sexismo e racismo, estão intrinsecamente sobrepostas.”

A ativista afirmou que todos precisam incorporar o antiracismo em suas vidas diárias. Para ela, isso significa atuar na área do clima, “porque não há justiça climática sem justiça racial.”

Mundo

A ONU Mulheres falou ainda com jovens de países como Índia, Canadá, Tunísia, Suécia, Uganda e Alemanha, com idades entre os 15 e os 27 anos. 

A indiana Anya Kathpalia, por exemplo, destacou o problema do fosso digital entre homens e mulheres e as reações adversas à igualdade de gênero. 

Já Leah Namugerwa, do Uganda, disse que todos precisam repensar o seu papel na proteção do planeta e que muitos dos hábitos desenvolvidos durante a pandemia devem ser mantidos. 

Em todo o mundo, existem cerca de 1,8 bilhão de jovens, com idades entre 10 e 24 anos

Shila Block, da Alemanha, contou que era filha de migrantes iranianos e que, para ela, os temas da migração, feminismo e justiça racial estão interligados.

Jovens

Em todo o mundo, existem cerca de 1,8 bilhão de jovens, com idades entre 10 e 24 anos, na vanguarda dos movimentos pela igualdade, justiça e dignidade para todos. 

Segundo a ONU Mulheres, “eles estão levantando suas vozes e exigindo um futuro melhor a cada dia.”

À medida que a pandemia de Covid-19 sobrecarrega os serviços de saúde, interrompe a educação e elimina meios de subsistência, estes jovens estão defendendo as necessidades de suas comunidades. 

Para a ONU Mulheres, “eles querem que suas prioridades sejam refletidas nos pacotes de resposta, eles querem igualdade racial, igualdade de gênero e ação climática.”