Nações Unidas destacam progresso em disputa na antiga República Jugoslava da Macedónia
Parlamento ratificou acordo sobre novo nome do país; para que nação mude nome para a República da Macedônia do Norte, parlamento grego tem de votar e ratificar o acordo.
O enviado pessoal do secretário-geral para o processo de nomeação entre a Grécia e a antiga República Jugoslava da Macedónia, Matthew Nimetz, elogiou a decisão do parlamento de ratificar um acordo sobre um novo nome para o país. A disputa dura há 28 anos.
Em nota divulgada na sexta-feira, Nimetz deu os parabéns ao parlamento da antiga República Iugoslava da Macedônia e aos cidadãos do país, que aprovaram a mudança de nome em referendo realizado em setembro de 2018, pela mudança e pela maneira democrática como o processo foi realizado.
Acordo
O responsável disse que “este acordo histórico entre dois vizinhos abre as portas para uma nova relação entre eles e para uma base mais firme para a paz e segurança nos Balcãs.”
Nimetz afirmou que aguarda “com expectativa a conclusão do processo, conforme descrito no Acordo” e afirmou que as Nações Unidas “continuam comprometidas em trabalhar com as duas partes para finalmente resolver a diferença entre elas.”
Crise
Para que o país mude o nome para a República da Macedônia do Norte, o parlamento grego tem de votar e ratificar o acordo.
No domingo, agências de notícias relataram que a questão levou a uma crise do governo grego. O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, planeia convocar um voto de confiança, que deve ser realizado na quarta-feira.
A disputa começou em 1991, quando a antiga República Jugoslava da Macedônia declarou a sua independência da Iugoslávia e anunciou a intenção de ser nomeada “Macedônia”.
A vizinha Grécia recusou-se a reconhecer o nome, insistindo que apenas a região norte deveria ser chamada de Macedônia, e argumentando que o uso do nome pela antiga República Jugoslava era um desafio para a soberania grega.