O custo da corrupção: trilhões de dólares são perdidos anualmente, diz Guterres
No Dia Internacional contra a Corrupção, Nações Unidas destacam que todos anos US$ 1 trilhão são pagos em propinas e outros US$ 2,6 trilhões são roubados por meio deste tipo de crime; valor equivale a mais de 5% do PIB global.
Em mensagem para o Dia Internacional contra a Corrupção, o secretário-geral António Guterres considerou a corrupção um atentado aos valores das Nações Unidas. A data, marcada em 9 de dezembro, busca chamar atenção para este tipo de crime.
Guterres acrescentou que a corrupção rouba das sociedades “escolas, hospitais e outros serviços vitais, afasta investimentos internacionais e tira das nações seus recursos naturais.”
Propina
De acordo com as Nações Unidas, US$ 1 trilhão são pagos em subornos anualmente, enquanto outros US$ 2,6 trilhões são roubados por causa da corrupção.
Por meio de iniciativas como a campanha global lançada em conjunto pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, as Nações Unidas lutam contra este tipo de crime, que afeta países ricos e pobres.
A campanha reconhece a corrupção como um dos maiores impedimentos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODDs.
Campanha
Para combater essa realidade, a campanha pede às comunidades que usem o logotipo Anticorrupção durante os eventos relacionados e que destaquem as ações da comunidade relacionadas ao Dia nas mídias sociais usando a hashtag #UnitedAgainstCorruption, #UnidosContraACorrupção na tradução em português, além de marcar o @Pnud.
Representantes do governo, sociedade civil, setor privado e defensores do combate à corrupção também podem fazer referência à campanha “Call to Action Matrix,” que oferece recomendações de estratégias para lutar contra a corrupção.
Convenção
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, adotada em 2003, existe como o único instrumento universal de combate à corrupção, juridicamente vinculativo.
Com uma abordagem de longo alcance ela cobre toda a escala da corrupção, e uma grande maioria dos Estados-membros, 186, são partes da Convenção.
António Guterres classificou a Convenção como “ferramenta principal” para avançar nesta luta e destacou os resultados positivos alcançados por meio de sua implementação.