No G20, Guterres fala de “verdadeira emergência” e pede ação urgente pelo clima BR

Chefe da ONU disse acreditar em sucesso da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP24; secretário-geral alerta para falta de confiança e risco de confronto e escalada em áreas como segurança e comércio globais.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, participa com líderes das maiores economias do mundo no encontro do G-20 na capital da Argentina, Buenos Aires.
Esta sexta-feira, o chefe da ONU agradeceu à China e à França pelo envolvimento e compromisso na ação climática no que descreveu como um “momento importante de verdadeira emergência”. Ele destacou como o avanço da mudança climática está sendo mais do que a ação humana para conter este fenômeno.
Katowice
Guterres disse acreditar no sucesso da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP24. O evento inicia no domingo em Katowice, na Polônia.
Para António Guterres, é importante a liderança destes países para que o aumento da temperatura do planeta fique abaixo de 2 ºC até o fim deste século e que esteja o mais próximo possível de 1,5 ºC.
A China e a França aceitaram mobilizar a comunidade internacional para apoiar a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e financiar as necessidades enfrentadas pelos países em desenvolvimento.
Mais Ação
O chefe da ONU disse ainda que é preciso uma dinâmica maior para aumentar a ação da comunidade internacional.
Antes desta reunião, Guterres já havia alertado que o momento atual é marcado pela falta de confiança entre a comunidade internacional e pelo risco de confronto e escalada em áreas como segurança e comércio, sendo “essencial ter um fórum como o G20 funcionando”.
Além da mudança climática, o secretário-geral vai destacar a queda do nível de desconfiança entre Estados, povos e instituições, em governos, Parlamentos e organizações internacionais.
Citando benefícios de globalização e da mudança tecnológica para a humanidade, António Guterres disse que é muito importante a união entre países e uma estratégia comum para uma globalização justa “que não deixe ninguém para trás”.
Para o chefe da ONU, o aumento de compromisso político e de recursos torna o G20 o lugar certo para pedir esse empenho.