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Agências da ONU e parceiros reforçam programa de apoio à África Central

Crianças no Chade plantam uma árvore de acácia.
Pnud Chad/Jean Damascene Hakuzim
Crianças no Chade plantam uma árvore de acácia.

Agências da ONU e parceiros reforçam programa de apoio à África Central

Assuntos da ONU

Encontro no Gabão junta dezenas de representantes da ONU e parceiros; especialistas vão discutir nova versão de um programa comum; objetivo é responder a pedido do secretário-geral de maior coordenação entre diferentes áreas.

Cerca de 50 representantes e especialistas terminam esta quarta-feira em Libreville, no Gabão, um encontro para tornar o apoio ao desenvolvimento sustentável da África Central mais coordenado, eficiente e impactante.

Esta é a 9ª Sessão do Mecanismo de Coordenação Sub-Regional da África Central. Participam representantes de 17 agências das Nações Unidas, da Comunidade Económica dos Estados da África Central, Ceeac, e do Banco Africano de Desenvolvimento, entre outros.

Objetivos

António Pedro, diretor do Escritório para a África Central da Comissão Económica da ONU para África
António Pedro, diretor do Escritório para a África Central da Comissão Económica da ONU para África, by ECA

O diretor do Escritório Sub-Regional da África Central da Comissão Económica das Nações Unidas para a África, António Pedro, explicou à ONU News os objetivos do encontro. 

“Nós vamos discutir programas prioritários organizados em quatro áreas principais, tais como o apoio à transformação estrutural dos países na região, colaboração no domínio do comércio, integração regional na área social, incluindo educação e saúde, e a área da paz e segurança.”

Segundo António Pedro, deve passar-se de um programa comum indicativo, com cerca de 150 projetos, para um programa muito mais concentrado a nível de resultados.

O especialista explica que a mudança pretende responder a um pedido do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Esforço

“O encontro enquadra-se nos esforços e nas reformas do secretário-geral, que tem como objetivo assegurar que as intervenções das Nações Unidas nas áreas de paz e segurança, humanitária e desenvolvimento fazem parte de um único esforço integrado. Esperamos contribuir, através deste encontro, e responder aos desafios lançados pelo secretário-geral.”  

Na mesa estará um projeto para o terceiro Programa Indicativo Comum, uma proposta abrangente de áreas de colaboração e iniciativas que reúne agências da ONU e instituições parceiras.

Mudança

Em nota, o escritório diz que o novo documento tenta resolver os problemas dos dois planos anteriores, que “enfrentaram desafios de implementação devido à sua natureza fragmentada e design de nível de atividade.”

O novo programa organiza a colaboração com base em resultados e pontos comuns já identificados. O plano terá uma duração de cinco anos, a partir de 2018, e programas em quatro pilares principais.

Primeiro, transformação estrutural para o desenvolvimento económico inclusivo e sustentável. Depois, acesso ao mercado e integração na cadeia de valor e melhoria das condições humanas e sociais. Por fim, promoção da governança, paz e segurança.