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Guterres segue crise no Sri Lanka com preocupação

Familiares de pessoas desaparecidas durante guerra civil de 26 anos no Sri Lanka seguram suas fotos.
Irin/Amantha Perera
Familiares de pessoas desaparecidas durante guerra civil de 26 anos no Sri Lanka seguram suas fotos.

Guterres segue crise no Sri Lanka com preocupação

Paz e segurança

Segundo agências de notícias, presidente do país suspendeu Parlamento Nacional por duas semanas; primeiro-ministro suspenso não aceita demissão e procura apoio.

O secretário-geral, António Guterres, está a seguir a profunda crise política do Sri Lanka com "grande preocupação".

Em nota publicada este domingo pelo seu porta-voz, o chefe da ONU pede ao governo “que respeite os valores democráticos e as disposições e processos constitucionais, defenda o estado de direito e garanta a segurança de todos os cidadãos”.

Crise

Secretário-geral da ONU, António Guterres.
Secretário-geral da ONU, António Guterres. , by Foto ONU/Loey Felipe

Segundo agências de notícias, este fim-de-semana um homem foi alegadamente morto por um guarda-costas de um político, que teria atirado contra uma multidão de manifestantes.

No sábado, o presidente do Sri Lanka, Mathripala Sirisena, suspendeu o Parlamento Nacional por duas semanas para tentar obter apoio para a decisão de remover o primeiro-ministro, após meses de discordância, segundo informações da imprensa.

As agências informam que muitos membros do Parlamento e ministros do governo denunciaram a medida como inconstitucional. O presidente Sirisena nomeou como novo primeiro-ministro o ex-presidente Mahinda Rajapaksa.

O tiroteio de domingo ocorreu durante protestos de rua que impediram um dosministros de entrar em seu escritório.

As agências informam que a vítima do tiroteio morreu depois de ser internada no hospital. Outras duas pessoas ficaram feridas.

Apelo

O primeiro-ministro suspenso, Ranil Wickramasinghe, não aceita a sua demissão e está a procurar apoio no Parlamento, dizem as agências.

Até agora, ele se recusou a deixar a residência oficial do primeiro-ministro. Guterres instou "todas as partes a exercer moderação e abordar a situação de maneira pacífica".