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Com violência em Mossul, 750 mil crianças sofrem para ter tratamento de saúde BR

Mulheres e crianças andam em meio à destruição em Mossul, no Iraque
UNICEF/Romenzi
Mulheres e crianças andam em meio à destruição em Mossul, no Iraque

Com violência em Mossul, 750 mil crianças sofrem para ter tratamento de saúde

Paz e segurança

Segundo Unicef, menos de 10% dos centros de saúde em Ninewah estão funcionando; três anos de conflitos intensos destruíram hospitais e postos no Iraque.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Até 750 mil crianças em Mossul e arredores estão com dificuldades para obter tratamento básico de saúde. As informações sobre a situação na cidade do Iraque são do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

Na província de Ninewa, menos de 10% dos hospitais estão funcionando. O Unicef explica que “três anos de violência intensa destruíram os centros de saúde do Iraque”.

Vida ou morte

Mais de 60 hospitais ou postos de saúde foram atacados desde a escalada da violência em 2014. O representante do Unicef no Iraque, Peter Hawkins, que acaba de fazer uma visita ao maior hospital de Mossul, declarou que a situação é “alarmante”.

Hawkins explicou que “para grávidas, recém-nascidos e crianças, as condições de tratamento se tornam rapidamente uma questão de vida ou morte”. Um dos problemas é a falta de medicamentos.

O Unicef está ajudando o governo iraquiano a fornecer tratamento de saúde essencial, para que crianças e suas famílias afetadas pela violência possam retomar suas vidas.

Reconstrução

Em Mossul, o Unicef reabilitou as alas de pediatria e de nutrição de dois hospitais, fornecendo refrigeradores para armazenar vacinas suficientes para 250 mil crianças. A agência também faz campanhas para que todos os menores de cinco anos de idade sejam imunizados.

O Unicef vê a Conferência para a Reconstrução do Iraque, organizada pelo Kuwait na próxima semana, como uma “oportunidade única para que governo e comunidade internacional coloquem as crianças no centro da reconstrução do país”.

A agência precisa de US$ 17 milhões para ajudar a reformar os centros de saúde que atendem crianças no Iraque.