Guterres pede “vigilância ao ódio hoje” em evento sobre o Holocausto BR

Secretário-geral defende memória ao genocídio e suas vítimas; discurso na Assembleia Geral destaca aumento da influência de grupos neonazis sobre movimentos e partidos políticos comuns.
Secretário-geral defende memória ao genocídio e suas vítimas; discurso na Assembleia Geral destaca aumento da influência de grupos neonazis sobre movimentos e partidos políticos comuns.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A Assembleia Geral realizou esta quarta-feira um evento que reuniu os Estados-membros, sobreviventes e convidados para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A data foi assinalada no dia 27 de janeiro.
O secretário-general, António Guterres, declarou que o mundo tem em primeiro lugar o dever de lembrar o Holocausto e suas vítimas. Em segundo, deve-se estar vigilante à questão do ódio hoje.
Grupos neonazis
Guterres defendeu que às vezes, o ódio parece estar em marcha. Ele disse acreditar firmemente que, com a união tanto além-fronteiras como de várias gerações pode ser construído um mundo de pluralismo e convivência pacífica.
Para o secretário-geral desse modo, pode-se mostrar finalmente que o mundo segue as lições ainda urgentes do Holocausto.
Partidos
Guterres declarou que cresce a influência de grupos neonazis sobre movimentos e partidos políticos normais. Como lógica para penetrar nesses meios, eles “procuram infiltrar seus slogans, símbolos e ideias em movimentos e festas mais comuns”.
O secretário-geral afirmou que, por vezes, os grupos nazis empregam táticas como o “toque do apito, usando palavras e frases que podem parecer benignas para o ouvinte mediano mas são codificadas”.
Respeito
Após mencionar o sucesso e a “simbiose” nessas ações, Guterres mencionou alguns partidos que em busca de votos, se contentam em aparentar respeito a essas “ideias vis”. O apelo ao mundo é que se una contra a normalização do ódio.
Guterres disse que devem ser rejeitados os que não conseguem entender essa situação, à medida que as sociedades se tornam multiétnicas, multirreligiosas e multiculturais.
Para o chefe da ONU, a diversidade deve ser vista como fonte de riqueza e não como ameaça.
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