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Chefe humanitário da ONU fará sua primeira visita à Síria BR

Coordenado Humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock. Foto: ONU/Mark Garten

Chefe humanitário da ONU fará sua primeira visita à Síria

Paz e segurança

Confrontos foram suspensos em várias áreas do país enquanto em outras correm operações militares; Nações Unidas revelam que abrigos estão acima das capacidades em áreas de destino de novos deslocados.

Confrontos foram suspensos em várias áreas do país enquanto em outras correm operações militares; Nações Unidas revelam que abrigos estão acima das capacidades em áreas de destino de novos deslocados.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

O subsecretário-geral para Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU chega à Síria esta terça-feira para uma visita de quatro dias. A meta de Mark Lowcock é ter encontros com representantes do governo sírio e ver de perto o impacto do confronto sobre a vida dos civis.

Esta é sua primeira ida à Síria como coordenador Humanitário das Nações Unidas. Lowcock quer também avaliar a resposta internacional e discutir como a entrega de ajuda para os necessitados pode melhorar.

Ajuda e proteção

Este já é o sétimo inverno desde que o conflito começou e segundo as Nações Unidas, mais de 13 milhões de pessoas precisam de ajuda básica e de proteção.

O porta-voz do secretário-geral da ONU disse a jornalistas, em Nova Iorque, que apesar de os confrontos terem sido suspensos em algumas áreas, várias outras regiões enfrentam operações militares e combates intensos.

Confrontos

Stephane Dujarric revelou que as Nações Unidas estão profundamente preocupadas com a segurança e a proteção de dezenas de milhares de pessoas no sul de Idlib e na área rural de Hama, no nordeste da Síria. Por lá ocorrem confrontos que causaram centenas de mortos e feridos civis.

Desde  o dia 1 de dezembro, foram registrados dezenas de milhares de novos civis deslocados, que já enfrentam condições terríveis.

Recursos

Para a ONU, uma das maiores preocupações é com os abrigos durante o inverno no Hemisfério Norte. Muitas famílias estão fugindo para áreas onde os abrigos estão acima das suas capacidades.

A outra razão para alarme é o aumento de confrontos no leste de Ghouta, que continuam a colocar civis na linha de fogo, provocando mortes e feridos, além de causar danos à infraestrutura civil.

As Nações Unidas receberam “relatos alarmantes” sobre a destruição do único centro médico de emergência de Modira. As instalações dessa área sitiada foram destruídas num ataque aéreo e não estão operacionais.

*Apresentação: Leda Letra.

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