Representante da ONU alerta para crise humanitária no leste da Ucrânia BR

Coordenador residente e humanitário da ONU no país alertou para recente escalada nos combates próximo a infraestrutura essencial em Donetsk, que pode oferecer perigo a milhões de vidas.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
O coordenador residente e humanitário da ONU na Ucrânia alertou nesta quarta-feira que a recente escalada nos combates próximo a infraestrutura essencial em Donetsk, no leste do país, pode oferecer perigo a milhões de vidas.
Neal Walker declarou que com a chegada do inverno, em meio a “temperaturas congelantes”, qualquer interrupção a serviços essenciais como água e aquecimento “poderiam ter graves consequências”.
Obrigação
Walker lembrou todos os envolvidos de sua obrigação de proteger civis e respeitar sua infraestrutura. Ele ressaltou que “qualquer interrupção intencional no acesso ao abastecimento de água ou a sistemas essenciais de aquecimento é uma clara violação do Direito Internacional Humanitário”.
Nos últimos seis dias, a estação de filtragem de Donetsk foi bombardeada por três noites consecutivas. Outra estação, a de Verkhniokalmiuska, foi atingida mais de 12 vezes em uma única noite.
Água e aquecimento
Instalações como essas fornecem água limpa para cerca de 1,1 milhão de pessoas em ambos os lados da chamada “linha de contato”, que tem 459 quilômetros dividindo o leste da Ucrânia.
Além disso, essas estações também são essenciais para manter em funcionamento os sistemas de aquecimento.
Ao mesmo tempo, os combates também levaram a preocupações sobre a possível liberação do perigoso gás cloro nas duas estações de filtragem.
O conflito, agora em seu quarto ano, continua tendo um impacto sobre os civis e negando às pessoas mais vulneráveis suas necessidades básicas, incluindo segurança e proteção.
Notícias Relacionadas:
Relatório da ONU expõe violações de direitos humanos graves na Crimeia
Número de mortos e feridos em conflito na Ucrânia cai em agosto
Conflito na Ucrânia entra no quarto ano com 1,6 milhão deslocados