No Conselho de Segurança, Acnur pede mais apoio na resposta a refugiados
Alto Comissário da agência, Filippo Grandi, discursou nesta quinta-feira como parte de um item na agenda do Conselho, que integra o órgão pela primeira vez desde 2009; Grandi citou a onda de violência contra a minoria rohingya, no estado de Rakhine, em Mianmar.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*
O mundo tem hoje cerca de 65 milhões de refugiados, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.
Uma das crises mais recentes é a onda de violência no estado de Rakhine, em Mianmar, que já causou a fuga de mais de 600 mil pessoas da etnia rohingya.
Agenda
Nesta quinta-feira, o chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, Filippo Grandi, esteve no Conselho de Segurança para pedir apoio do órgão na resposta a refugiados em todo o mundo.
Foi o primeiro discurso de um alto comissário como parte de um item da agenda do Conselho desde 2009.
Antes do encontro, a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming, falou à ONU News sobre a importância desta mensagem neste momento.
Fleming explicou que a razão para Grandi falar ao Conselho é porque sem paz e segurança, o número de deslocados internos deverá continuar a subir. Segundo ela, é um esforço conjunto onde todos podem fazer sua parte.
A porta-voz do Acnur, lembrou ainda outros conflitos e guerras que têm durado muitos anos. Segundo ela, a ONU e o Conselho de Segurança podem ajudar a criar a esperança de encontrar soluções e restaurar a paz.
Melissa Fleming lembrou que a guerra na Síria entrou pelo sétimo ano. E que existem 5 milhões de refugiados sírios que adorariam voltar para casa, mas que quase perderam a esperança. Para Fleming, é preciso retornar a esperança às pessoas e a ajuda-las a reconstruir suas vidas.
A porta-voz do Acnur e alto comissário para refugiados, Filippo Grandi, devem participar de um Facebook live logo depois da reunião, àas 13h30, horário de Nova Iorque, na página do Acnur na rede social.
*Apresentação: Eleutério Guevane.