Lago Chade: pessoas vulneráveis estão “a um passo da fome”, diz Ocha
Chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários falou com jornalistas após sua visita a Nigéria e Níger; Mark Lowcock, que assumiu o posto esse mês, se disse impressionado com o trabalho de milhares de “corajosos trabalhadores humanitários”.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
Milhares de pessoas em situação vulnerável na região da Bacia do Lago Chade, na África, estão “a um passo da fome”, segundo o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock.
Lowcock, que assumiu o posto neste mês, falou com jornalistas na sede da ONU, em Nova Iorque, após visitar o Níger e a Nigéria. Junto com o Chade e os Camarões, ele afirmou que a região foi muito afetada pela violência nas mãos de extremistas do Boko Haram, assim como por condições econômicas e ambientais difíceis.
Coragem
O subsecretário-geral disse ter ficado muito impressionado com o trabalho de milhares de “corajosos trabalhadores humanitários” que estão apoiando as ações de emergência na região, muitas vezes em “circunstâncias difíceis e perigosas”, e ajudando milhões de pessoas com assistência vital.
Segundo Lowcock, que é chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, o aumento da assistência internacional na região da Bacia do Lago Chade neste ano evitou uma fome no nordeste da Nigéria, mas milhões de pessoas ainda estão sofrendo.
Cerca de 11 milhões de pessoas precisam de assistência atualmente na região. Destas, 7 milhões estão em situação de insegurança alimentar grave e cerca de 2 milhões foram deslocadas.
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