ONU precisa de ajuda da África para avançar com processos de paz
Em entrevista exclusiva à ONU News, subsecretário-geral diz que continente, que concentra maior número de operações, tem papel “importantíssimo” na resolução de conflitos; Lacroix visita RD Congo, esta semana, que alberga a maior operação de paz do mundo.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O subsecretário-geral para as Operações de Manutenção da Paz sublinhou que o papel das nações de África é fundamental para o sucesso do seu trabalho.
Em entrevista exclusiva à ONU News, Jean-Pierre Lacroix disse que os países africanos são os maiores contribuintes de tropas, mas também precisam de apoios financeiro e técnico para realizar seus trabalhos.
Monusco
Lacroix falou à ONU News, no fim de maio, e antes de embarcar para a República Democrática do Congo, que alberga a Monusco. Com mais de 18,3 mil homens, a Missão é a maior operação de paz da ONU no terreno.
Avançar
“Os países africanos têm um papel importantíssimo em nossos esforços na área política e também na área económica. Nós temos as operações mais importantes em tamanho no continente africano. Precisamos de ajuda e da cooperação com os países do continente para fazer avançar os processos de paz e também para contribuir neles. Mas para isso, os países africanos precisam de mais ajuda financeira e também de ajuda técnica.”
Assista ao vídeo da entrevista com Lacroix:
A região africana representa cerca de 58% das forças de paz globais e acolhe nove das 16 missões da organização.
Modernização
As prioridades das operações de paz da ONU incluem esforços para fazer avançar processos políticos, para o foco das missões para as necessidades no terreno e para a sua modernização para que sejam “mais eficazes e reativas”.
Lacroix disse que também é importante cooperar com parceiros como a União Africana e progredir nessa colaboração ente as partes.
Em território congolês, o chefe das operações de paz terá contacto com as tropas da Monusco.
Sociedade civil
O representante visitará as cidades de Kinshasa, Kananga, Goma e Beni e espera-se que mantenha encontros com autoridades nacionais, forças políticas e sociedade civil.
O subsecretário-geral destaca que os intervenientes na estabilização na RD Congo devem trabalhar em colaboração e em boa-fé para permitir que as tarefas da transição sejam implementadas de forma rápida e total.