Angola: ministra da Família quer promover ação política a novas gerações
Filomena Delgado falou à ONU News durante participação em lançamento de rede para mulheres líderes africanas, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Eleutério Guevane, da ONU em Nova Iorque.*
A ministra da Família e Promoção da Mulher de Angola disse que a atual geração de políticos de sexo femenino em África deve capacitar às mais jovens para o trabalho. Filomena Delgado defende que esse espaço não existe em vários países.
A representante disse à ONU News, em Nova Iorque, que preocupa o facto de adolescentes estarem deslocados da política. Os fatores que podem favorecer o envolvimento do grupo na área são “clareza e globalização”.
Tolerância
“Ensinemos a elas a serem políticas. É aí que nós temos essa responsabilidade e de passarmos as boas referências: a transparência, a boa governação e a tolerância que são valores que nós fomos aprendendo ao longo dos tempos.
A ministra angolana declarou que os vários conflitos africanos podem ser resultado de “momentos e movimentos marcados por alguma intolerância”, mas que em vários Estados aprendeu-se com a experiência.
“ (Se) Nós não tomarmos cuidado desta juventude, nós que já estamos mais para lá, temos que começar a pensar na reforma, temos que preparar uma geração para nos substituir. É aí onde vejo a diferença entre países que lutaram pela independência têm uma outra abordagem e um outro conceito para dar continuidade da geração política conforma muitos países como Angola.”
Segundo Filomena Delgado, a participação da mulher na política em Angola é bem consolidada e com base na luta de libertação nacional que envolveu a todos. Para a ministra, jovens nesses países podem ter mais vantagem ao se interessarem pela política devido à experiência adquirida pelos seus antecessores.
O que nem sempre acontece com a juventude de países com uma história diferente.
*Apresentação: Monica Grayley.