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Sudeste asiático comprometido na luta contra Doenças Tropicais Negligenciadas

Ações para erradicar, eliminar e controlar as Doenças Tropicais Negligenciadas, até 2020. Foto: OMS/G. Smyth

Sudeste asiático comprometido na luta contra Doenças Tropicais Negligenciadas

Após reunião em Jacarta, países da região adotam plano de ação para acelerar esforços e eliminar enfermidades até 2020; OMS explica que essas doenças afetam os mais marginalizados, que vivem na pobreza e a sofrer com o estigma.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.*

Países do sudeste da Ásia firmaram esta quarta-feira um compromisso para aumentar as ações para erradicar, eliminar e controlar as Doenças Tropicais Negligenciadas, DTNs, até 2020.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, o documento foi assinado numa reunião de ministros em Jacarta, na Indonésia. Os países da região prometem tornar prioridade os esforços de combate às DTNs.

Estigma

A OMS lembra que o conjunto de enfermidades afeta principalmente as populações marginalizadas e negligenciadas, as empurrando ainda mais para a pobreza e para uma vida marcada “por deformidades e pelo estigma”.

A diretora-regional da OMS no sudeste da Ásia, Pooman Khetrapal Singh, explica que a região tem feito muitos progressos. A Índia, por exemplo, foi declarada no ano passado livre da bouba, uma doença infeciosa da pele.

Já Maldivas e Sri Lanka eliminaram a filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase.

Casos

A OMS destaca que a região tem o segundo maior número de casos de DTNs do mundo. No caso da elefantíase, 53% dos pacientes são do sudeste asiático e precisam de quimioterapia preventiva.

A região também abriga 74% dos novos casos de hanseníase e 42% das crianças a necessitar de quimioterapia preventiva para parasitas transmitidos pelo solo.

Os países do sudeste asiático prometeram aumentar o financiamento e os recursos humanos para ampliar a vigilância, o diagnóstico e o tratamento. De acordo com o compromisso assinado, a participação da comunidade e a monitorização de progressos serão prioridade.

Apresentação: Denise Costa.