ONU: 2016 foi ano mais letal para migrantes atravessando Mediterrâneo
Avaliação foi divulgada nesta sexta-feira por agência das Nações Unidas; segundo Organização Internacional para Migrações mais de 5 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas.
Laura Gelbert, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que 2016 foi o ano em que mais migrantes e refugiados morreram atravessando o Mar Mediterrâneo em direção a Europa.
Pelo menos 363 mil pessoas cruzaram o mar, a maioria para a Itália e a Grécia, mas outras 5.070 morreram ou estão desaparecidas.
Tragédia
Segundo a agência da ONU, estes números devem aumentar com a inclusão de vítimas em dezembro.
Para o diretor da OIM, William Lacy Swing, a “provável adição de outras centenas de fatalidades registradas em 2016 apenas aprofunda a tragédia”
Frustração e criatividade
Ele mencionou que a frustração da Europa com o que parece um ciclo interminável de resgate de migrantes seguido de relatos de naufrágios e afogamentos continuará a menos que governos ao redor da região encontrem uma forma de gerenciar a migração de forma abrangente.
Swing pediu que sejam “encontrados meios criativos de permitir migração segura e legal”, o que poderia ser feito através de vistos de trabalho, reunificação familiar e status temporário de proteção.
Treinamento
“Em vez de dobrar táticas que não funcionam”, o chefe da OIM defendeu usar o novo ano para “tentar algo que seja, de fato, novo”.
Ao mesmo tempo, a agência da ONU realizou na sexta-feira seu primeiro curso de formação na Líbia para pessoas envolvidas em operações de resgate de migrantes no Mar Mediterrâneo. O treinamento foi financiado pela União Europeia.
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