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Ban quer que pessoas reajam contra a discriminação a idosos BR

Dia Internacional das Pessoas Idosas. Foto: ONU/Grunzweig

Ban quer que pessoas reajam contra a discriminação a idosos

Secretário-geral fez a declaração para marcar o Dia Internacional das Pessoas Idosas, este sábado, 1º de outubro; presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria fala sobre a situação dos idosos no Brasil.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o Dia Internacional das Pessoas Idosas é o momento para que todos se posicionem contra a discriminação às pessoas mais velhas.

A data é comemorada este sábado, 1º de outubro. Ban disse que ao contrário do que se comenta sobre os idosos serem respeitados, “a realidade é que em muitas sociedades eles têm acesso negado a empregos, empréstimos e serviços básicos”.

Impacto

O chefe da ONU declarou que “a marginalização e a desvalorização das pessoas com mais idade têm um grande impacto”. Elas minam a produtividade e a experiência do grupo no mercado de trabalho.

O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, José Elias Pinheiro, afirmou que é importante que as pessoas se preparem para a velhice.

Do Rio de Janeiro, em entrevista à Rádio ONU, o médico-geriatra falou sobre os maiores desafios dos idosos.

“A acessibilidade provavelmente é um ponto crucial para os idosos. À medida em que os indivíduos vão envelhecendo, alterações fisiológicas do envelhecimento comprometem sua independência. A questão da perda econômica, que a maioria desses idosos enfrenta. O idoso brasileiro ainda não está preparado para a aposentadoria. Ele, quando se aposenta, tem uma perda de sua renda significativa. O Brasil viveu um momento de crise que acabou afetando a população adulta, que perdeu seu emprego e acabou voltando para a casa dos idosos.”

Discriminação

José Elias Pinheiro falou também sobre a discriminação sofrida pelas pessoas mais velhas.

“A gente tem que tentar mudar essa ideia de que o idoso é inativo, não é produtivo, que ele não tem renda. Ao contrário, nós temos que agregar esses indivíduos a nossa sociedade. Não há dúvida que se um indivíduo idoso se sente desprestigiado, isso com certeza absoluta vai interferir em seu humor. Ele tem uma maior tendência a se tornar um indivíduo com depressão. Nós não temos dúvida que essa discriminação para essa faixa populacional tem repercussões muito danosas.”

Segundo a OMS, até 2025, o número de pessoas com mais de 60 anos vai dobrar no mundo e em 2050, deverá atingir a marca de 2 bilhões de idosos. A maioria deles vai estar em países de baixa e média rendas.

*Apresentação: Monica Grayley.