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Atletas refugiados que participaram da Olimpíada retornam ao Quénia

O atleta olímpico Yiech Pur Biel (à dir.) é abraçado por um parente em sua chegada à Nairóbi, no Quênia. Ele foi um dos cinco sul-sudaneses que fez história ao competir na primeira Equipe Olímpica de Atletas Refugiados nos Jogos Rio 2016. Foto: Acnur/Tony Karumba

Atletas refugiados que participaram da Olimpíada retornam ao Quénia

Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, diz que chegada ao país africano foi marcada por forte emoção; atletas querem continuar treinamentos no país.

Mônica Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Cinco atletas do Sudão do Sul que competiram na Equipa Olímpica de Refugiados no Rio de Janeiro voltaram ao Quénia, onde vivem asilados do conflito em seu país.

A chegada foi marcada por forte emoção, segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. Os atletas foram recebidos em clima de festa por amigos, familiares e até mesmo um grupo de música do Burundi.

Experiência 

O desembarque no Aeroporto Internacional de Nairobi ocorreu na terça-feira. Um dos atletas, Yiech Pur Biel contou que a experiência na Rio 2016 “foi fantástica”. Ele disse ainda que a participação da equipa provou que os refugiados estão a fazer algo positivo.

Já a velocista Anjelina Nadai Lohalith destacou a experiência de conhecer pessoas de todo o mundo. Ela fugiu da guerra do Sudão do Sul há mais de 15 anos.

A Equipa Olímpica de Refugiados contou com 10 atletas do Sudão do Sul, da República Democrática do Congo, da Síria e da Etiópia. A iniciativa foi promovida pelo Acnur e pelo Comitê Olímpico Internacional, COI.

Na cerimônia de encerramento no estádio do Maracanã o presidente do COI, Thomas Bach, disse que a amizade com eles durará para toda a vida.

De volta ao Quénia, os cinco refugiados continuarão participando de treinamento perto da capital do país. O objetivo é seguir preparando-se fisicamente.

*Apresentação: Denise Costa.