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Parceria pede maior compromisso político contra HIV em crianças

Objetivo global é que pelo menos 1,6 milhões de crianças tenham acesso à terapia antirretroviral até 2018. Foto: Unaids/D.Kwande

Parceria pede maior compromisso político contra HIV em crianças

Menores representam 5% das pessoas a viver com o vírus; propostas incluem mais meios de diagnóstico e esforços para aumentar testes; Onusida participa em iniciativa da Conferência Internacional de Durban.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um grupo de agências internacionais e organizações não-governamentais que combatem o HIV apelou urgentemente aos países para que tenham um maior compromisso político para tratar o vírus em crianças.

O pedido feito na 21ª Conferência Internacional sobre a Sida, em Durban, é que os Estados aumentem rapidamente os meios de diagnóstico aos menores e esforços para que as crianças tenham mais acesso a testes.

Remédios

Entre as medidas necessárias para a meta estão “uma maior prestação de serviços e controlo de mães e bebés pacientes e mais medicamentos antirretrovirais apropriados para crianças”.

O objetivo global é que pelo menos 1,6 milhões de crianças tenham acesso à terapia antirretroviral até 2018. Em 2015, o grupo representou 5% das pessoas a viver com o HIV e 10% das mortes relacionadas à sida.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Sida, Onusida, faz parte da parceria que tenta cobrir as lacunas no tratamento pediátrico e apoiar o fim da doença.

Meta Global

Segundo as entidades, houve ganhos sustentados para prevenir novas infeções entre crianças. Com isso, foram lançadas as bases para acabar com a sida entre menores de idade “pelo menos uma década mais cedo do que a meta global definida para a epidemia”.

Entretanto, as agências revelam que para o fim dessa condição no grupo, os esforços de prevenção devem ser acompanhados por medidas robustas para atender às necessidades de tratamento das crianças que vivem com o HIV.

Metade das crianças que contraem o vírus pouco antes de nascer morrem antes do segundo ano de vida quando não recebem a terapia antirretroviral. O pico da mortalidade ocorre entre as seis e oito semanas após o nascimento.