Encontro no Brasil discute mudanças econômicas e direitos das mulheres
Em entrevista à Rádio ONU, diretora regional da ONU Mulheres, Luiza Carvalho, defendeu que a autonomia econômica é “capaz de influenciar positivamente em outras áreas”, como “participação política e diminuição da violência”; seminário termina esta terça-feira, em Brasília.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
“Transformar Economias, Realizar Direitos: Oportunidades e Desafios para a Igualdade de Gênero”. Este é o tema de um seminário sendo realizado até esta terça-feira, em Brasília.
A diretora regional da ONU Mulheres para a América Latina e o Caribe, Luiza Carvalho, participa do encontro e, por telefone, falou à Rádio ONU sobre seus objetivos.
Progresso Mundial
“A ideia do seminário veio há mais de um ano, quando nós lançamos o informe mundial da ONU Mulheres ‘O Progresso das Mulheres no Mundo – Transformar as Economias, Realizar Direitos 2015-2016’. A ideia surge porque o informe mundial refere muito à América Latina em geral e ao caso do Brasil em particular, demonstrando como que as políticas públicas foram capazes e são capazes de tranformar a realidade econômica e social das mulheres”.
A diretora regional da agência da ONU ressaltou alguns pontos de destaque para o Brasil no relatório mundial.
Brasil
“O Brasil chamou muita atenção pelo aspecto da saída das mulheres da extrema pobreza, também chamou muita atenção o ganho do poder aquisitivo do salário mínimo. Outro ponto é a formalização do emprego também. Um terceiro ponto é o avanço do Brasil na cobertura do emprego doméstico. Este é um ponto fundamental muito destacado.”
Luiza Carvalho afirmou ainda que a ONU Mulheres acredita que a autonomia econômico é “capaz de influenciar positivamente em outras áreas como a participação política e também a diminuição da violência”.
O evento em Brasília reúne autoridades do governo brasileiros e especialistas do país, de Moçambique e do Uruguai.
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