Acnur quer inclusão de refugiados nas negociações de paz na Colômbia
Governo e grupo rebelde Exército de Libertação Nacional buscam acabar com mais de 50 anos de confrontos; agência da ONU pede aos lados para dedicarem atenção especial às vítimas, aos desalojados internos e aos refugiados.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
As conversas de paz entre o governo da Colômbia e o grupo rebelde Exército de Libertação Nacional são elogiadas pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. O objetivo é acabar com mais de meio século de confrontos.
Mas o Acnur nota que os dois lados precisam dedicar atenção especial às vítimas, especialmente os deslocados internos e refugiados. A Colômbia tem 6,7 milhões de desalojados, ou 13% da população do país.
Proteção
O Acnur informa que 360 mil colombianos são oficialmente reconhecidos como refugiados e a maioria vive no Equador. A Venezuela também abriga 170 mil colombianos que precisam de proteção internacional.
A agência da ONU acredita que um resultado positivo das negociações pode abrir espaço para a reintegração dos deslocados internos e para refugiados que pretendem voltar a viver na Colômbia.
Direitos Humanos
O Acnur espera que o acordo melhore a situação de direitos humanos no país e leve melhorias econômicas e sociais em áreas remotas. Refugiados e requerentes de asilo vão continuar precisando de proteção dos países que fornecem asilo, por isso a agência defende a repatriação em caráter voluntário.
O Acnur apoia o envolvimento dos refugiados e deslocados nas negociações de paz, como ocorreu durante as conversações entre o governo colombiano e as FARC.
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