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OMS aumenta ajuda humanitária na Síria

Destruição em Homs, na Síria. Foto: Unicef/Nasar Ali

OMS aumenta ajuda humanitária na Síria

Agência da ONU diz que mais de 11 milhões de sírios estão a necessitar de assistência; autoridades estão a afirmar que hospitais e clínicas de saúde não têm condições de fornecer serviço adequado.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que aumentou a resposta humanitária na Síria, onde 11 milhões necessitam de assistência médica e mais de 4,8 milhões estão a buscar refúgio em países vizinhos.

A agência da ONU informou que muitos hospitais e clínicas não têm condições de fornecer serviços de saúde adequados devido à guerra no país que já dura cinco anos.

Hostilidades

A OMS diz que a suspensão das hostilidades melhorou um pouco o acesso, o que permitiu que comboios da agência e de parceiros conseguissem chegar a 10 das 18 áreas sitiadas.

Remédios, vacinas e suprimentos médicos estão a ser entregues nas cidades de Madaya, Zabadani, Kefraya e em alguns locais de difícil acesso em Alepo.

A agência referiu que suprimentos de remédios e equipamentos cirúrgicos estão a ser retirados dos comboios, como ocorreu em Ghouta. A OMS está a reportar nove casos de retirada de medicamentos nas cargas enviadas para Homs, Alepo e a área rural de Damasco.

O material seria suficiente para atender às necessidades de 140 mil pessoas.

Doenças Crónicas

A representante da OMS na Síria, Elizabeth Hoff, pediu a todas as partes envolvidas no conflito que permitam a entrega de material cirúrgico e medicamentos para as áreas sitiadas.

Ela disse que “sem acesso contínuo a remédios básicos, pessoas com doenças crónicas correm sério risco”.

Desde 2012, o número de tratamentos médicos fornecidos pela OMS passou de 1 milhão para 17,2 milhões atualmente. Em 2015, 30% dos carregamentos de ajuda da agência foram para regiões cercadas, de difícil acesso ou controladas por grupos de oposição.

*Apresentação: Denise Costa.

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