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Cerca de 10 milhões de iraquianos precisam de assistência humanitária BR

Civis fogem de Ramadi, a capital da província iraquiana de Anbar. Foto: Unicef/Wathiq Khuzaie (arquivo)

Cerca de 10 milhões de iraquianos precisam de assistência humanitária

Total corresponde a um terço da população; mais de 3,3 milhões abandonaram suas casas desde janeiro de 2014; Missão da ONU divulga balanço da violência em janeiro, quando 849 iraquianos foram mortos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O governo do Iraque e as Nações Unidas estão pedindo ajuda da comunidade internacional para tratar da crise humanitária no país. São 10 milhões de iraquianos, ou um terço da população, precisando urgentemente de ajuda.

Desde janeiro de 2014, 3,3 milhões de civis abandonaram suas casas devido à violência. Milhares vivem em áreas cercadas por combatentes, sem conseguir escapar.

Refugiados

Além disso, 250 mil refugiados sírios buscaram abrigo no Iraque, a maioria no Curdistão, onde mais de 1 milhão de deslocados internos estão vivendo. Segundo a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, os esforços para tratar a crise impressionam.

Lise Grande explica que o governo federal, as autoridades do Curdistão e a sociedade civil estão envolvidas nas ações. Para 2016, governo e ONU têm dois planos: um para abrigo e estabilização da situação e o outro é para resposta humanitária.

Déficit Financeiro

O plano do governo tem como meta fornecer abrigo, comida e serviços de saúde, e existe um orçamento de US$ 667 milhões para o projeto, sendo necessários mais US$ 891 milhões. Já o plano humanitário da ONU requer US$ 861 milhões, com o objetivo de fornecer ajuda de emergência a mais de 7,3 milhões.

Nesta segunda-feira, a Missão de Assistência da ONU no Iraque, Unami, divulgou o balanço da violência do país em janeiro. Atos de terrorismo e conflito armado mataram 849 iraquianos e outros 1,4 mil ficaram feridos.

Do total de mortes, 490 eram civis e 359 eram integrantes das Forças de Segurança Iraquianas. A cidade de Bagdá foi a mais afetada pela onda de violência em janeiro.

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