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Assembleia Geral aprova criação do Dia Mundial do Tsunami BR

Devastação após passagem de um tsunami na Indonésia. Foto: ONU/Evan Schneider

Assembleia Geral aprova criação do Dia Mundial do Tsunami

5 de novembro foi a data escolhida para ampliar conscientização mundial sobre ameaças dos desastres naturais; resolução aprovada foi apresentada por Japão e Chile; proposta visa também ampliar medidas para reduzir riscos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução na terça-feira, criando o Dia Mundial de Conscientização do Tsunami. A data passa a ser celebrada a partir de 2016, sempre em 5 de novembro.

A resolução havia sido proposta pelo Japão e pelo Chile e a medida foi elogiada pela chefe do Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres.

Vidas

Margareta Wahlström declarou que se houvesse maior conscientização pública sobre as ameaças impostas por desastres naturais, como os tsunamis, seria possível até evitá-los ou salvar mais vidas.

A representante da ONU acredita que o dia mundial irá ajudar a focar a atenção em medidas para reduzir riscos de desastres naturais ou aqueles causados pelo homem.

Perdas

Segundo Wahlström, é importante garantir que mais pessoas vivam e trabalhem em locais livres das ameaças de tsunamis, terremotos, enchentes e tempestades. A proposta da criação da data foi sugerida pelo governo japonês em março, após a Terceira Conferência da ONU sobre Redução do Risco de Desastres, ocorrida em Sendai.

O país já sofreu enormes perdas devido a tsunamis e terremotos, especialmente após o tsunami de 2011, quando 15 mil pessoas morreram, várias ficaram desabrigadas, afetando inclusive a indústria de energia nuclear.

Compromissos

Margareta Wahlström lembrou também do tsunami de 2004 do Oceano Índico, que matou 230 mil pessoas de vários países, motivando compromissos políticos para reduzir os desastres naturais.

Segundo ela, a “memória daquele evento ajudou a garantir a adoção, este ano, da Rede de Trabalho Sendai para Redução do Risco de Desastres”, criando pela primeira vez metas para reduzir a mortalidade, o número de pessoas afetadas, perdas econômicas e danos às infraestruturas.