Banco Mundial regista progresso de igualdade de género no norte de África
Relatório da instituição financeira mostra avanço também no Médio Oriente; documento diz que apesar da melhora várias barreiras ainda persistem.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*
Um relatório do Banco Mundial lançado esta quarta-feira registou um progresso em relação à igualdade de género no norte de África e no Médio Oriente.
O documento refere que Egito, Arábia Saudita e Líbano realizaram reformas para ajudar nos avanços económicos das mulheres.
Emprego e Empresa
O Banco Mundial disse que apesar da melhora várias barreiras ainda persistem. As mulheres nas duas regiões ainda estão a enfrentar dificuldades para arranjar um emprego ou abrir uma empresa.
O relatório explica que foram criadas leis que para proteger as mulheres da violência doméstica na Arábia Saudita e no Líbano. A decisão elevou para quatro o número de economias na região, junto com Jordânia e Malta, com proteções legais para mulheres contra parceiros abusivos.
O Egito criminalizou o assédio sexual em áreas públicas e implementou a cota de 25% de mulheres nos conselhos municipais e de 10% no Parlamento.
A Arábia Saudita e a Tunísia também estão a implementar novas regras no setor.
Leis
O relatório é publicado a cada dois anos e examina leis que impedem as mulheres de buscar empregos ou de abrirem seus próprios negócios em 173 países.
No norte de África e no Médio Oriente, os especialistas do Banco Mundial avaliaram 19 economias.
O documento concluiu que as mulheres que estão a viver na região enfrentam uma ampla variedade de constrangimentos legais à sua atividade económica.
A instituição está a dar como exemplo leis que estão a proibir que mulheres casadas possam se tornar “chefes da casa”, elas também não podem tirar passaporte ou se candidatar a um emprego sem a permissão do marido.
Economias Restritas
O relatório mostra que a região está a abrigar 11 das 15 economias mais restritas do mundo em relação ao trabalho da mulher ou sua condição de abrir uma empresa.
O Banco Mundial diz que um número cada vez menor de meninas está a frequentar a escola secundária, menos mulheres trabalham ou são donas de seus próprios negócios e está a existir uma diferença muito alta entre os salários pagos a homens e mulheres.
Nos países que não têm leis de proteção contra a violência doméstica, as mulheres geralmente tendem a ter menor duração de vida.
*Apresentação: Laura Gelbert.
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