Perspectiva Global Reportagens Humanas

Mais de 2,1 milhões de pessoas deslocadas dentro da Nigéria

Nigerianas refugiadas nos Camarões após fugirem da violência do grupo Boko Haram. Foto: PMA/Sofia Engdahl

Mais de 2,1 milhões de pessoas deslocadas dentro da Nigéria

Dados são da Organização Internacional para Migrações, OIM; escalada recente dos ataques de milícias seria causa do aumento.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Mais de 2,1 milhões de pessoas estão atualmente deslocadas no norte da Nigéria, de acordo com dados da Organização Internacional para Migrações, OIM.

A escalada recente dos ataques de milícias seria causa do aumento.

Ataques

A 5ª  Matriz de Rastreamento de Deslocamento da agência, DTM, foi lançada na quinta-feira, em Abuja. O relatório traz dados da população deslocada nos seis estados do nordeste do país cobertos pelas quatro rondas anteriores do documento: Adamawa, Bauchi, Borno, Gombe, Taraba e Yobe.

O texto também cobre o estado de Nassarawa e o da capital nigeriana, Abuja.

Segundo a OIM, o aumento no número de deslocados internos de 1,3 milhão registrado no DTM de junho pode ser atribuído à intensificação dos ataques realizados por insurgentes.

Outra razão seria a melhora no acesso a áreas anteriormente inacessíveis no estado de Borno, onde a população de desalojados passa de 1,6 milhão.

Comunidades

O relatório também revela que 92% dos deslocados internos desalojados devido à insurgência estão em comunidades anfitriãs. Os restantes vivem em campos ou locais similares.

As principais necessidades mencionadas por estes indivíduos incluem comida, abrigo  e outros itens de ajuda.

Desde outubro de 2014, a OIM tem implementado o DTM em colaboração com agências nacional e estadual da Nigéria para a gestão de emergência e a Cruz Vermelha do país.

O processo inclui avaliações governamentais e no campo, assim como registo em campos e comunidades anfitriãs.

Leia Mais:

Acnur preocupado com retorno de nigerianos dos países da região

Ban diz acreditar numa mudança da Nigéria com impacto em África