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Ban quer acordo de paz que signifique fim da violência no Sudão do Sul

Secretário-geral Ban Ki-moon

Ban quer acordo de paz que signifique fim da violência no Sudão do Sul

Secretário-geral promete encontro à margem da Assembleia Geral para assegurar apoio para restaurar a paz a segurança no país; líderes africanos testemunharam assinatura do pacto pelo presidente sul-sudanês em Juba.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral disse que é tempo de garantir que o acordo para resolver o conflito no Sudão do Sul  acabe com a violência, a miséria e o que chamou de terríveis violações dos direitos humanos testemunhados no conflito.

Ban Ki-moon fez as declarações numa nota em que saúda a assinatura do pacto, na quarta-feira, pelo presidente Salva Kiir. A cerimónia decorreu na capital sul-sudanesa Juba, com a presença dos líderes do Quénia, do Uganda e da Etiópia.

Sofrimento

Na semana passada, Kiir tinha manifestado reservas em relação ao documento em Adis Abeba, na cerimónia em que o pacto foi assinado pelo líder rebelde Riek Machar.

O chefe da ONU disse que a medida do líder sul-sudanês é um passo fundamental e necessário para acabar com os 20 meses de confrontos, que "arrasaram o país e submeteram o povo a um sofrimento indescritível".

Esforços

O secretário-geral felicitou a mediação liderada pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, e destacou os "esforços incansáveis para a conclusão bem-sucedida" das conversações de paz.

Para Ban, o compromisso positivo do bloco vai ser essencial para atingir uma paz duradoura no Sudão do Sul. A ONU declarou-se pronta a apoiar as partes na aplicação do pacto com o Igad, a União Africana e os parceiros internacionais.

Movimento

Aos assinantes do acordo, Ban pediu que trabalhem de boa-fé para implementar  as suas cláusulas com o início de um cessar-fogo permanente e que seja dada a liberdade de movimento sem restrições.

O chefe da ONU mencionou particularmente as ações desenvolvidas pela Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, e pelas agências humanitárias que atuam para fazer chegar assistência urgente aos necessitados.

Ban disse reconhecer que o "caminho adiante será difícil", tendo anunciado que pretende convocar uma reunião à margem da Assembleia Geral para garantir um apoio sustentado para a restaurar a paz e a segurança para o povo sul-sudanês.

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