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Ciência é essencial para guiar decisões do desenvolvimento sustentável BR

Comunidades são afetadas por desastres naturais. Foto: OMS/C. Black

Ciência é essencial para guiar decisões do desenvolvimento sustentável

Relatório sobre o tema foi divulgado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU; faltam informações científicas sobre como reduzir a degradação dos mares e dos oceanos, essenciais para o sustento de 3 bilhões de pessoas.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Um novo estudo divulgado pela ONU defende que conhecimentos científicos são essenciais para guiar as decisões políticas relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

O relatório Desenvolvimento Sustentável Global foi publicado esta terça-feira pelo Departamento Econômico e Social das Nações Unidas, Desa. O documento destaca que mares e oceanos são cada vez mais ameaçados ou destruídos por atividades humanas.

Consumo

Cerca de 3 bilhões de pessoas dependem dos recursos marítimos para o seu sustento, gerando lucros que variam entre US$ 3 trilhões a US$ 6 trilhões por ano. Mas segundo o Desa, faltam informações científicas sobre como mudanças de comportamento, como redução do consumo, podem ajudar a reduzir a degradação dos oceanos

Em setembro, os países vão adotar uma nova agenda global com 17 metas sobre desenvolvimento sustentável, que precisarão ser cumpridas até 2030. Por isso o relatório mostra a importância de mais pesquisas científicas que ajudem na criação desses objetivos.

Mortes

Sobre desastres naturais, é feito um alerta sobre a importância de medidas eficientes para redução de riscos. O estudo afirma que desde o ano 2000, desastres naturais causaram a morte de 1,1 milhão de pessoas e afetaram a vida de 2,7 bilhões de habitantes do planeta.

O relatório defende ainda que nos próximos 15 anos, o desenvolvimento industrial deve ter como foco a produção doméstica, a inovação e o desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Exportações

O estudo do Desa também chama a atenção para os países mais pobres do mundo e aqueles em situação especial. As nações que não têm acesso ao mar, por exemplo, “continuam sendo marginalizadas no comércio mundial”, já que suas exportações representam apenas 1,2% do total global. Esses países enfrentam custos de transporte até 45% maior do que as nações em áreas costeiras.

O relatório nota ainda que as comunidades mais vulneráveis estão sendo beneficiadas com os avanços da tecnologia. Na Etiópia, mulheres utilizam smartphones para coletar dados mensais sobre água, saúde e segurança alimentar.

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