Na Ocde, Ban insta líderes a mudar trajetória do desenvolvimento
Secretário-geral quer padrões de investimento que promovam sustentabilidade; representante revelou detalhes da Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento; evento vai decorrer em Adis Abeba.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas discursou esta terça-feira na sede da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Ocde, em Roma antes de partir para Paris.
Ban Ki-moon convidou os países-membros a participar ao mais alto nível na 3ª. Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, a decorrer em meados julho em Adis Abeba.
Acordo de Adis Abeba
Ban disse que com a sua presença, os chefes de Estado e de governo da Ocde podem apoiar a ambição do que é conhecido como Acordo de Adis Abeba.
Para o chefe da ONU, "são enormes as necessidades de financiamento" para o desenvolvimento sustentável. O representante explicou que as poupanças globais abundantes contrastam com os atuais padrões de investimento que não promovem um avanço com sustentabilidade.
O evento de Addis Abeba é para Ban Ki-moon uma "oportunidade única" para mudar essa trajetória. Para ele, com o trabalho conjunto, os objetivos da conferência serão atingidos.
Resultados
A primeira meta é que haja um quadro de financiamento coerente e completo. A segunda, prevê resultados concretos especialmente em áreas como infraestrutura, agricultura, necessidades sociais e Pequenas e Médias Empresas.
A última é garantir um forte processo de acompanhamento para assegurar que nenhum país seja deixado para trás.
Ban anunciou que decorrem negociações do projeto do Acordo de Adis Abeba entre os Estados-membros das Nações Unidas.
Financiamento
Entre as seis componentes-chave do documento, a prioridade vai para a necessidade de um mandato completo sobre recursos envolvendo financiamentos públicos, privados, nacionais e internacionais.
Ban disse que o plano reconhece a importância de mobilizar recursos internos e de combater fluxos ilícitos. Para ele, a ajuda para o desenvolvimento vai continuar importante para que seja executada a agenda pós-2015, e será aliada ao papel dos bancos de desenvolvimento.
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