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Em Marrocos, ONU e líderes religiosos debatem prevenção de atrocidades

Adama Dieng ressaltou a importância de líderes religiosos mundiais para prevenir, mitigar e resolver conflitos. Foto: Rádio ONU

Em Marrocos, ONU e líderes religiosos debatem prevenção de atrocidades

Objetivo é que grupo de dirigentes e organizações baseadas na fé evitem atos como genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade; representante das Nações Unidas reiterou o reconhecimento da influência do tipo de líderes.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Líderes religiosos recomendaram, esta sexta-feira, que sejam monitorizados os relatos de incitação que possam levar populações a cometer crimes atrozes.

A medida foi proposta num encontro sobre o papel dos líderes religiosos na prevenção da incitação de crimes hediondos, ocorrido até esta sexta-feira na cidade marroquina de Fés.

Mensagens

O evento também abordou o papel de organizações baseadas na fé para evitar atrocidades como genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade.

A reunião propôs o debate e a circulação de mensagens alternativas aos discursos que levem a cometer o tipo de atos. Para os líderes, devem ser revistos currículos de educação e capacitação. Por outro lado foi realçada a necessidade de promover o diálogo sobre o tema nos países.

O conselheiro do secretário-geral da ONU para a Prevenção de Genocídio ressaltou a importância de líderes religiosos mundiais para prevenir, mitigar e resolver conflitos.

Intolerância

Adama Dieng frisou que a prevenção de tensões e da intolerância religiosa exigem o envolvimento de todos os setores da sociedade. Sobre o papel dos líderes religiosos, o representante considerou ser "específico e crítico".

Ele ressaltou a sua "profunda influência" sobre os seguidores a nível comunitário, nacional e internacional.

Como explicou, os líderes religiosos "podem e devem desempenhar um papel na prevenção, mitigação e resolução de tensões e conflitos entre pessoas de diferentes crenças".

Extremismo

O evento de Marrocos envolveu o Centro Rei Abdullah Bin Abdulaziz Internacional para o Diálogo Intercultural, Kaiciid, e a Delegação Interministerial para os Direitos Humanos, do país anfitrião, Didh.

A conferência de dois dias seguiu-se a uma sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas com líderes religiosos. O evento debateu a promoção da tolerância na luta contra o extremismo violento.

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