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ONU Mulheres fez campanha de combate à violência de gênero no carnaval BR

Grupo participa de ação da ONU Mulheres no Bloco das Carmelitas. Foto: Unic Rio

ONU Mulheres fez campanha de combate à violência de gênero no carnaval

Iniciativa chegou até a Sapucaí onde a Mangueira preparou um enredo em homenagem às mulheres; carnavalesco da escola de samba disse que a mensagem é de luta pela igualdade.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

A ONU Mulheres realizou uma campanha de combate à violência contra mulheres durante o carnaval deste ano no Brasil.

A iniciativa “Perca a vergonha, não perca o respeito” ganhou as ruas de 17 capitais brasileiras e no Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira levou para a avenida um samba em homenagem às mulheres.

Mulher Brasileira

A representante da agência no Brasil, Nadine Gasman, afirmou que a Mangueira, que é parceira da ONU Mulheres, decidiu que 2015 seria o ano da “mulher brasileira em primeiro lugar”.

Ela disse que “Essa é uma mensagem de transformação. É muito importante para todas as faixas da sociedade esta mudança para uma sociedade mais igualitária e menos machista onde as mulheres ocupam um lugar, em igualdade de circunstâncias que os homens.”

Um dos compositores do samba-enredo, Renan Brandão, explicou que “a mulher sempre esteve no imaginário de todos e que um dos setores do desfile foi para ressaltar a beleza interior feminina”.

O carnavalesco da Mangueira, Cid Carvalho, disse que a escola recebeu o apoio da ONU Mulheres para levar ao público uma mensagem de luta pela igualdade de gênero.

Preconceito

Carvalho disse “ter um grande orgulho de fazer um enredo na maior escola de samba do planeta, que é a Estação Primeira de Mangueira, para falar de mulheres, de grandes mulheres. Mulheres vitoriosas, mulheres que não se deixaram abater por preconceito nenhum, por nenhum tipo de barreira. Uma mulher que, acima de tudo, soube marcar o seu lugar na história desse país”.

As ações da ONU Mulheres marcaram presença também nos tradicionais blocos de carnaval do Rio como o Carmelitas e o Mulheres Rodadas.

De forma criativa, o material distribuído pediu que as mulheres que sofressem ou as pessoas que presenciassem algum tipo de agressão, intimidação ou violência ligassem para o 180, o disque-denúncia da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

Gasman disse ainda que a ONU Mulheres usou o carnaval para levar a mensagem de que todos podem curtir a festa, mas sem perder o respeito.

*Com reportagem de Natália da Luz, do Unic Rio.