Acnur tenta obter mais dados sobre ataque do Boko Haram ao Chade
Agências de notícias citam testemunhas a dizer que 30 elementos teriam levado a cabo a incursão; autoridades militares ainda não divulgaram número de civis que morreram na noite desta quinta-feira.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, disse estar em busca de mais informações sobre o ataque das milícias nigerianas Boko Haram à área chadiana de Ngoboua.
Ainda não há clareza sobre o número de afetados na incursão ocorrida na noite desta quinta-feira pelo considerado " grupo terrorista" do país vizinho. O vilarejo está localizado na margem do Lago Chade.
Terror
Em nota lançada esta sexta-feira em Genebra, a agência pede o acesso urgente de assistência humanitária para os deslocados. Para o Acnur, a situação aumenta igualmente o terror em moradores e funcionários humanitários.
Segundo agências de notícias, testemunhas disseram que um grupo de 30 elementos teria levado a cabo o ataque. Fontes militares foram citadas a anunciar a morte de um líder local, sem entretanto fazer qualquer menção às baixas civis.
Os contactos do Acnur com refugiados após o ato foram interrompidos pela fraca qualidade da linha telefónica.
Instalações Militares
O Chade acolhe cerca de 17 mil refugiados nigerianos. Estima-se que mais de 15 mil entraram no país devido a ataques às instalações militares e populações civis na cidade nigeriana de Bagakawa.
Os Camarões são igualmente alvo do Boko Haram, numa situação que o Acnur considera preocupante. No extremo norte do país, há relatos de assassinatos, sequestros e violência brutal próximo da fronteira com a Nigéria.
Mais de 157 mil nigerianos já fugiram do seu país para os vizinhos Níger, Camarões e Chade. Outros cerca de 1 milhão vivem como deslocados internos.