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Minusca saúda liberação de ministro da República Centro-Africana

Soldados da Minusca. Foto: Minusca

Minusca saúda liberação de ministro da República Centro-Africana

Missão da ONU no país africano disse que Armel Sayo foi solto três semanas depois de ter sido sequestrado por homens armados; chefe da missão Babacar Gaye pediu a todas as partes em conflito que se unam pela reconciliação nacional.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, saudou a liberação do ministro da Juventude e dos Desportos, Armel Sayo, sequestrado há três semanas por homens armados.

O chefe da Minusca, Babacar Gaye, voltou a pedir a todas as partes envolvidas no conflito no país que se unam no processo de reconciliação nacional e coesão social. O objetivo é o retorno a uma paz duradoura na República Centro-Africana.

Prédios Públicos

De Bangui, a capital, em entrevista à Rádio ONU, o chefe de Polícia da Minusca, Luís Carrilho, disse que a região de Bria está calma depois do incidente desta terça-feira.

Ele explicou que as tropas da Missão retomaram vários prédios públicos que estavam nas mãos de rebeldes ex-Seleka.

“Todos os edifícios administrativos que estavam ocupados em Bria, estavam ocupados por grupos de ex-combatentes, foram liberados. Tentou-se primeiro de uma forma pacífica, tentou-se evitar o uso da força mas no cumprimento do mandato os nossos colegas militares com o apoio da força francesa “sangaris” conseguiram restituir às autoridades legítimas centro-africanas os edifícios que estavam ilegalmente ocupados por esses grupos.”

Carrilho disse que “eles estão no princípio de uma operação de paz e a situação é sempre tensa mas estão todos empenhados em alcançar um clima de paz e confiança no país”.

Helicópteros

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, foi indagado por jornalistas no briefing desta quarta-feira, sobre relatos a respeito do uso de helicópteros da organização na operação em Bria.

Dujarric disse que a ONU não tem nenhuma capacidade aérea na República Centro-Africana e que os helicópteros não eram das Nações Unidas.

Cristãos e Muçulmanos

Ainda sobre a República Centro-Africana, a vice-coordenadora de ajuda de emergência, Kyung-wha Kang, visitou a região de Bambari e reuniu-se com várias pessoas deslocadas e representantes de comunidades cristãs e muçulmanas.

Ela elogiou os líderes comunitários pelos esforços para superar as diferenças sectárias e encorajou o grupo a alcançar a paz através do diálogo intercomunitário.