OIM apoia retorno voluntário de migrantes isolados na Líbia
Segundo estimativas, cerca de 150 mil trabalhadores migrantes permanecem isolados no país; agência relata progresso na ajuda ao retorno dos mais vulneráveis.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
De acordo com a Organização Internacional para Migrações, OIM, três anos após a queda do regime anterior, as condições de segurança na Líbia continuam a deteriorar-se e a vida continua difícil, especialmente para migrantes.
Segundo o chefe da agência no país, Othman Belbeisi, calcula-se que cerca de 150 mil trabalhadores migrantes permaneçam isolados na Líbia. No entanto, há avanços na ajudar para o retorno dos mais vulneráveis para casa de forma voluntária.
Retorno
No ano passado, 354 migrantes de 13 diferentes nacionalidades puderam sair da Líbia com ajuda da OIM. Os maiores grupos vieram do Sudão, Iémen, Sri Lanka, Etiópia e Nigéria.
Belbeisi afirmou que há previsão de repatriação de outros migrantes e que nas últimas semanas, partidas apoiadas por parceiros locais incluíram 27 quenianos vítimas de tráfico de pessoas.
Segundo a OIM, identificar migrantes que precisam de repatriação não tem sido difícil. No entanto, encontrar maneiras de levar pessoas que tenham perdido seus passaportes e outros documentos oficiais à segurança é mais árduo.
O representante mencionou que “as fronteiras da Líbia com a Tunísia e o Egito continuam praticamente fechadas para migrantes sem documentos”.
Mar
Uma das consequências tem sido o fluxo de migrantes a tentar sair da Líbia e chegar a Itália em barcos “superlotados” e “sem condições para navegar”.
A OIM calcula que a rota tenha custado a vida de 3,2 mil migrantes em 2014.
A agência também está a ajudar migrantes e deslocados líbios com artigos não alimentar essenciais para ajudá-los durante o inverno. O órgão distribuiu recentemente cerca de 1,9 mil kits, incluindo colchões, cobertas e material para cozinha. A distribuição foi financiada pela União Europeia e a Alemanha.
*Apresentação: Eleutério Guevane.