Enviado diz que tempo para o diálogo está a esgotar-se na Líbia

Representante do secretário-geral contacta envolvidos no conflito para o arranque da segunda ronda de negociações; Bernardino Léon quer que partes concordem numa solução para combates, restauração da unidade e recuperação económica.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque 

O enviado do secretário-geral das Nações Unidas para a Líbia propôs uma curta interrupção das hostilidades com vista à criação de um ambiente propício para a realização do diálogo político no país.

A ideia de Bernardino Léon foi avançada no âmbito dos contactos que mantém com várias partes envolvidas no processo no país do norte de África. O início das negociações estava previsto para esta semana.

Segunda Ronda

Nesta quinta-feira, o enviado esteve na cidades de  Trípoli e Tobruk  onde realçou a necessidade da realização da segunda ronda do diálogo político "muito em breve".

Conforme destacou, a meta é "deter a queda do país para um conflito mais profundo e o colapso económico". Léon disse que a maioria da população quer a paz e não deve ser refém de uma minoria que acredita poder vencer militarmente o conflito.

Ao alertar que o tempo estava a esgotar-se,  Léon disse que quanto maior a demora na resolução de crise política e de segurança do país "mais difícil será chegar a uma solução para o fim dos combates, a restauração da unidade política, institucional e estado e a recuperação  económica".

Proposta

O enviado encontrou-se com o general Khalifa Haftar, com vista a acalmar a situação militar.  Após o contacto, Léon disse que o oficial teria reagido positivamente à proposta da ONU e que vai discutir o assunto com a sua equipa.

Léon também se reuniu com os comandantes de brigadas armadas da cidade de Misrata, que prometeram considerar a proposta de conter as hostilidades em Trípoli.

O representante especial frisou a necessidade de esforços sinceros de todos os líbios, com vista ao fim do conflito antes que seja tarde demais.