20 anos da Conferência sobre Mulheres leva esperança a Moçambique
Ano de 2015 será marcado pela celebração de Pequim+20, com reflexões sobre as duas décadas de políticas sobre direitos das mulheres; representante de agência da ONU defende que combate à violência contribuiu para o desenvolvimento.
Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo.
No ano de 2015, as Nações Unidas e a comunidade internacional celebram dois marcos importantes. O primeiro é o fechamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, um conjunto de oito metas que precisam ser cumpridas pelos países até dezembro do novo ano.
O segundo marco são os 20 anos da realização da Conferência Mundial sobre Mulheres, realizada em Pequim, na China. No encontro, em setembro de 1995, foi produzida a plataforma de ação, tido como o documento mais progressivo sobre avanços dos direitos das mulheres.
Foco
Para a representante interina da ONU Mulheres em Moçambique, a reflexão sobre Pequim+20 traz muitas expectativas. Em entrevista à Rádio ONU, de Maputo, Florence Raes afirma ser necessário focar mais no combate à violência contra a mulher.
“A questão da violência se espera que seja abraçada com mais vigor, mais recursos, simplesmente como uma questão não só de direitos humanos da mulher, mas também como uma questão de desenvolvimento para a sociedade como um todo. A questão da escolaridade da rapariga, da alfabetização, particularmente em termos de mulheres rurais, que aí condizem com a menor inserção económica da mulher na sociedade, particularmente em áreas rurais.”
Mais Empregos
Florence Raes destaca ainda ser necessário apoiar áreas que possam contribuir para o desenvolvimento do país, como oferecer mais chances de trabalho às mulheres.
“Essa questão de olhar para as oportunidades económicas e o crescimento do país e ver aonde podemos apoiar ou alavancar áreas que sejam favoráveis ao emprego feminino é uma questão fundamental para o avanço do país e para os direitos das mulheres ao mesmo tempo.”
Com o tema “Empoderar Mulheres, Empoderar a Humanidade: Imagine!”, a campanha Pequim+20 busca mobilizar governos, sociedade civil, mídia e ativistas sobre os direitos das mulheres e das raparigas.