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PMA: “Mulher no topo do mundo” BR

Foto: ONU/Paulo Filgueiras

PMA: “Mulher no topo do mundo”

Agências da ONU e Banco Mundial prestam homenagem para marcar o Dia Internacional das Mulheres no domingo, 8 de março.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Para comemorar o Dia Internacional das Mulheres, no domingo, 8 de março, a diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Ertharin Cousin, decidiu prestar homenagem às meninas e mulheres que “sonham alto”.

Cousin disse que o “empoderamento das mulheres empodera o mundo”. Ela afirmou que o PMA acredita que as meninas e mulheres que recebem apoio e força vão ter condições de alcançar o maior objetivo da agência, que é um mundo com “Fome Zero”.

Pobres

A chefe do PMA declarou que as mulheres e seus empregos são essenciais para a produção, para apreparação e para o fornecimento de alimentos. Nesse sentido, são importantes para a segurança alimentar e de nutrição.

Ao mesmo tempo, Cousin afirmou que um estudo feito pela agência em 2014, mostrou que nos países mais pobres do mundo as mulheres têm menos da metade do tempo que os homens têm para descansar.

O documento cita que, por exemplo, as sete da manhã, quando os homens acordam para tomar o café da manhã, as mulheres já estão trabalhando há duas horas para preparar a comida e aprontar as crianças.

Ela disse que “só será possível alcançar fome zero quando mulheres, meninas, homens e meninos tiverem oportunidades iguais, mesmo acesso a recursos e voz ativa constante nas decisões que moldam seu mundo”.

Agenda Pós-2015

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Unido, Li Yong, citou a igualdade de gêneros e o empoderamento das mulheres para alcançar uma transformadora agenda de desenvolvimento pós-2015.

Yong afirmou que mulheres e meninas representam 70% das pessoas que vivem na extrema pobreza no mundo. A maioria vive em áreas rurais, onde as comunidades não têm recursos, são isoladas e as pessoas sobrevivem de pequenas atividades produtivas.

O diretor-geral disse que a Unido ajuda no desenvolvimento de agroindústrias competitivas com o objetivo de criar novos empregos e uma vida sustentável para as comunidades pobres rurais.

Para a organização, investir na educação de meninas e meninos é uma forma de iniciar uma mudança na sociedade. É nesse sentido que a agência da ONU é líder no apoio e na implementação de programas educativos em países como Angola, Cabo Verde e Moçambique.

“Ano da Ação”

Já o Banco Mundial afirma que 2015 é o ano da ação em relação à igualdade de gêneros.

A diretora sênior para gênero, Caren Grown, afirmou que “o mundo alcançou progressos em várias áreas, como por exemplo, na redução da diferença entre meninas e meninos que frequentam escolas públicas primárias”.

Ela afirmou que agora, alguns países estão avançando também em relação à educação secundária e na redução da mortalidade materna.

Grown disse que existe uma área em que o progresso ainda não chegou, mesmo com o crescimento econômico e reformas políticas. Segundo a diretora do Banco Mundial, esse é o caso da “oportunidade econômica” em mercados de trabalho, para comandar empresas e no controle de bens de produção, como a posse de terras ou de uma residência.