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Parlamento dissolvido deve participar no diálogo líbio, diz enviado da ONU

Foto: ONU/Iason Foounten

Parlamento dissolvido deve participar no diálogo líbio, diz enviado da ONU

Presença do Congresso Nacional Geral foi anunciada pelo representante do secretário-geral para a Líbia; início da ronda foi adiado para o princípio da próxima semana.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

As Nações Unidas anunciaram que o diálogo para resolver a crise política na Líbia inicia no princípio da próxima semana. As várias partes devem primeiro fazer acertos dos detalhes da ronda, cujo arranque estava previsto para esta terça-feira.

O representante do secretário-geral para o país disse que o diálogo deve ser baseado no respeito. Bernardino León anunciou a participação do Congresso Nacional Geral, GNC, o parlamento que foi dissolvido em junho.

Deputados

O responsável disse que os representantes do GNC devem aceitar os diferentes pontos de vista, incluindo os da Câmara dos Deputados, que foi expulsa por milícias da capital, Trípoli, após ter sido eleita no mesmo período.

O órgão foi instalado no leste do país, antes de ter sido declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal apesar de ter reconhecimento internacional.

 Acordo

Em setembro, as fações rivais da Líbia dialogaram pela primeira vez na cidade de Gadamés, no sudoeste de Trípoli. León disse que a essência do diálogo é o respeito pelos diferentes pontos de vista e o desejo comum de consenso, aliados ao alvo de chegar a um acordo.

O representante disse que os ataques aéreos e toda a ação armada devem parar no país. Os atos foram condenados "nos termos mais fortes."

As Nações Unidas reiteraram que vão concentrar os seus esforços em apoiar os líbios para que a crise seja ultrapassada.

Consultas

Na segunda-feira, León participou em consultas com várias partes com o objetivo de criar um ambiente propício para o diálogo. Pretende-se explorar formas, identificar e aprovar mecanismos para a monitorização e implementação de um cessar-fogo.

O acordo deve abordar a gestão do período de transição até a aprovação de uma nova constituição definitiva. Em particular, o foco das discussões deve ser a busca de soluções consensuais para a crise institucional no país, referem as Nações Unidas.