Unodc nota progressos em Norte de África na luta contra a corrupção

Escritório da ONU cita exemplo do Egito, onde foi oferecido treinamento para oficiais sobre prevenção da prática; Dia Internacional Contra a Corrupção é marcado neste 09 de dezembro.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Nesta terça-feira, o mundo marca o Dia Internacional Contra a Corrupção e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, comemora os 11 anos da adoção de um acordo sobre o tema.

A Convenção das Nações Unidas contra Corrupção foi apoiada por vários países, com a meta de reforçar leis nacionais e a capacidade dos governos em combater a prática. O acordo é considerado o tratado universal mais relevante para prevenir a corrupção.

Extorsão

Mais de uma década após a sua adoção, o Unodc destaca que a corrupção continua a ser um fenómeno complexo a afectar os campos sociais, políticos e económicos de uma nação. O escritório cita casos de suborno, extorsão e nepotismo.

No Médio Oriente e Norte de África, o Unodc trabalha com parceiros nacionais para implementar os princípios estipulados na Convenção. Após as transformações políticas recentes, a agência da ONU avalia que alguns países progrediram na reforma do judiciário e na governança.

Treinamentos

O Unodc vê ainda mais participação dos cidadãos no combate à corrupção e cita um exemplo do Egito. No país, o escritório forneceu treinamento para funcionários públicos sobre prevenção da corrupção e políticas eficazes contra a prática.

Também no Egito, oficiais nacionais receberam treinamento e assistência para o esboço da implementação de códigos de conduta profissional no serviço público e no judiciário.

Valores

Após a Palestina e o Sudão terem ratificado a Convenção contra a Corrupção este ano, todos os países do Norte de África e do Médio Oriente são agora Estados-parte do documento.

O Unodc continua a trabalhar para garantir que valores como integridade, responsabilidade, governança e transparência prevaleçam nas sociedades. Ao chamar a atenção para o Dia Internacional, o Escritório das Nações Unidas ressalta ainda a importância de condenar, punir e prender os responsáveis por atos corruptos.